quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Mergulhadores recomeçam trabalhos no mar para restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis



Mergulhadores recomeçam trabalhos no mar para restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis Guto Kuerten/Agencia RBS
Os mergulhadores terão de perceber as peças que serão instaladas pelo tato. Lá embaixo, eles não enxergam nada Foto: Guto Kuerten / Agencia RBS
Dois mergulhadores desceram ontem até 22 metros de profundidade, onde está o primeiro dos quatro grupos de estacas que serão travados com tubos de aço para tornar rígida a base da estrutura provisória da Ponte Hercílio Luz. Mais do que uma nova etapa da restauração do cartão postal de Florianópolis, o retorno dos trabalhos no mar veio cheio de promessas de que dessa vez o ritmo será acelerado. O discurso é taxativo: não falta mais dinheiro.

No primeiro dia de trabalho, uma dupla de mergulhadores fez as medições e o reconhecimento da área onde será feito o chamado contraventamento. Outros três fazem parte da equipe da empresa Dive Tech, de Rio Grande (RS), responsável pelo serviço marítimo.

Na próxima terça-feira os tubos começam a ser colocados na água. O material será trazido de balsa do canteiro de obras, ao lado da Ponte Pedro Ivo Campos, até os conjuntos de estacas embaixo da Hercílio Luz, à partir do lado mais próximo ao Continente. Ali, um guindaste insere o tubo de até cinco toneladas no mar. Os mergulhadores ficarão com a parte de marcar e parafusar a estrutura.

— Lá embaixo é puro breu, como não tem visibilidade, temos que enxergar pelo tato — explica o mergulhador Rodrigo Ferreira.

Se a operação dentro da água é delicada, os recursos financeiros para bancar a restauração, se tornou um assunto mais tranquilo para o governo. A previsão é que os trabalhos ganhem fôlego com o financiamento de R$ 150 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para a restauração.


O empréstimo foi confirmado em julho e a expectativa é assinar o acordo no próximo mês. Conforme o presidente do Departamento de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, o BNDES garantiu que, se houver atraso no financiamento, o governo do Estado pode pagar e depois o banco ressarce.

— Como queremos deixar a obra pronta em final de 2014, a ideia é agilizar — afirma Meller.

A previsão é que o contraventamento leva três meses para ser concluído e a estrutura provisória, que sustentará a ponte durante o restauro, no fim do ano. O governo também tenta buscar recursos pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. Dos R$ 64 milhões liberados para captação, a Fundação Catarinense de Cultura conseguiu até o momento a contribuição de R$ 1,46 milhões.
DIÁRIO CATARINENSE

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