Em Paris, montadora diz ao G1 que poderá voltar a fabricar carros no país.
Presidente da marca vê necessidade de incluir compactos no portfólio.
CLA, protótipo do futuro cupê 4 portas que poderá ser fabricado no Brasil (Foto: Priscila Dal Poggetto/G1)
A Mercedes-Benz tem como meta conquistar a liderança global do segmento
de veículos premium, hoje nas mãos das concorrente alemã BMW
e, para isso, investirá fortemente em uma plataforma para carros
compactos. "Estamos carentes deste tipo de produto no nosso portfólio,
como um SUV compacto, que os nossos concorrentes têm", afirmou o
presidente mundial da Mercedes, Dieter Zetsche, nesta quinta-feira (27),
no primeiro dia do Salão de Paris. Ele participou de uma conversa com
20 jornalistas de todo o mundo, entre eles dois brasileiros.Embora o investimento mais forte da montadora seja no mercado chinês que, para a marca, é o terceiro maior, atrás de Alemanha e EUA, o Brasil começa a ganhar mais peso na estratégia. O que muito influencia isso é o novo regime automotivo, que está para ser anunciado pelo governo federal e força as montadoras a produzir localmente para ter incentivo fiscal. Além disso, a BMW também estuda começar a produzir no país. Os planos estão suspensos justamente à espera das novas regras para as montadoras no Brasil.
De acordo com o vice-presidente mundial de marketing e produto da Mercedes, Philippe Schimer, existe a possibilidade de a marca fazer uma parceria com a Nissan para utilizar as instações da futura fábrica da montadora japonesa no Rio de Janeiro.
Numa eventual retomada dessa atividade no país, entre as possibilidades estão a produção do novo cupê 4 portas CLA, que ainda aparece como protótipo em Paris, mas terá a versão final apresentada em Detroit, em janeiro, ou um SUV compacto, ainda sem nome.
De acordo com o vice-presidente mundial de marketing e produto da marca, Philippe Schimer, a chance de ser um SUV compacto é maior, por causa do volume previsto de vendas, que a Mercedes não revela.
Presidente da Mercedes discursa à frente no novo Classe A, em Paris (Foto: Jacky Naegelen/Reuters)
Eles vêm para o BrasilDe qualquer forma, os dois
modelos serão vendidos no Brasil, entre o fim de 2014 e começo de 2015.
Eles completarão a linha mais jovem da marca com o novo Classe B, que chega na semana que vem ao Brasil, e o novo Classe A, já confirmado para o país, mas sem data de estreia.A meta mundial da Mercedes é lançar 10 modelos até 2015 e, com isso, rejuvenescer a marca, ampliando a faixa de clientes, concentrando-se especialmente na linha Classe C. A linha de esportivos também ganhará um carro menor. Ainda sem nome, o modelo já é apelidado de "baby SLS". Outro modelo aguardado é um novo station wagon baseado no Shooting Brake, também presente em Paris.
SLS AMG Electric Drive chama atenção no estande da montadora alemã (Foto: Jacky Naegelen/Reuters)
750 cv, sem poluirO "chefão" Zetsche voltou a
afirmar que a Mercedes vai continuar investindo em matrizes energéticas
alternativas, ou seja, em carros "verdes". No Salão, a montadora também
exibe uma versão elétrica do Classe B, ainda como conceito, e a versão
de produção do SLS AMG Coupé Electric Drive, esportivo com as famosas
portas asa de gaivota. Ele já apresenta a mesma grade frontal que
estreou na nova geração do Classe A, no Salão de Genebra, em março
passado.Dentro dele estão 4 motores que, juntos, desenvolvem até 750 cavalos, o que o torna "o carro elétrico mais potente já produzido em série", diz a Mercedes. Segundo a marca, o modelo é capaz de ir de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos. E a máquina deverá ser colocada à venda, em edição limitada, por um valor que deve chegar a quase meio milhão de euros.
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