sábado, 29 de setembro de 2012

Justiça condena rede de comunicação paranaense por defender candidato


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
Curitiba - A juíza eleitoral Renata Estorilho Baganha, da 3ª Zona Eleitoral de Curitiba, condenou a Rede Massa - Radio e Televisão Iguaçu a pagar uma multa de R$ 21.282,00, por, segundo a interpretação da juíza, defender o candidato Ratinho Junior, dono da emissora e filho do apresentador Carlos Massa, o Ratinho; e atacar o candidato Luciano Ducci, dando tratamento diferenciado para ambos.

Os comentários e críticas do apresentador do programa Tribuna da Massa, Paulo Roberto, conhecido como "Galo", aconteceram no último dia 19 de setembro, quando ele falou sobre panfletos apócrifos que atacavam o candidato à Prefeitura de Curitiba, Ratinho Júnior (PSC), em nome de Luciano Ducci (PSB), candidato à reeleição.

Conforme o parecer do Ministério Público, o programa extrapolou o dever de informação para "realizar verdadeira campanha favorável ao candidato Ratinho Junior" e fazer "crítica ostensiva e sem fundamento" contra o candidato à reeleição. "Se o programa jornalístico ultrapassar esse limite difundindo opinião favorável a um candidato, foram do padrão do comentário ou de notícia, fica alcançado pela vedação", diz a sentença.

Em nota divulgada pela coordenação de jornalismo da emissora, ela alega que ainda não foi notificada e se defende informando que não houve algum tipo de ataque ao prefeito. Para a Rede Massa, o apresentador apenas criticou os ataques feitos. Mesmo sendo apócrifos, os panfletos carregavam a marca da coligação de Luciano Ducci. Nesses panfletos, Ratinho Júnior é chamado de "corrupto" e filho de um "chefe de quadrilha de roubo de cargas".

"Tal decisão ainda não foi confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral, já que em sede de recurso sustenta esta emissora que em nenhum momento houve tratamento privilegiado ou prejudicial a quaisquer candidatos, tendo o referido apresentador feito apenas a veiculação de acontecimentos políticos (o supracitado panfleto), com repercussões inclusive criminais, porém de autoria desconhecida. Importante ressaltar, também, que a matéria jornalística, ainda que carregada de críticas, não se confunde com propaganda eleitoral", diz a nota.

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