sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Servidores federais em greve pedem reabertura das negociações em SE


Eles também pedem a reposição do valor que foi cortado do ponto.
No estado, apenas os técnicos da UFS voltaram ao trabalho.

Marina Fontenele Do G1 SE

Grevistas realizaram oficinas de teatro, capoeira, fanzine e auferiram a pressão dos transeuntes (Foto: Marina Fontenele/G1 SE)Grevistas realizaram oficinas de teatro, capoeira, fanzine e auferiram a pressão dos transeuntes
(Foto: Marina Fontenele/G1 SE)
Os servidores de órgãos federais que estão em greve em Sergipe se reuniram na manhã desta quinta-feira (30) para mais um ato público na Praça Fausto Cardoso, no Centro de Aracaju. Desta vez, o objetivo foi protestar contra o corte de salário dos funcionários do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com Ricardo Nunes, do Comando de Greve Unificado dos Servidores Federais, somente os técnicos administrativos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) encerraram a greve e já voltaram aos trabalhos. “A gente quer a reabertura das negociações para as categorias que ainda não fecharam com o Governo Federal e a reposição do valor do ponto cortado dos servidores”.
Segundo Ricardo, os trabalhadores podem aceitar a proposta de aumento de 15,8%, que será dividido no pagamento dos próximos três anos, se for garantido que os canais de negociações continuarão abertos nesse período, o valor descontado for devolvido e se houver a igualdade salarial para servidores ativos e aposentados ou inativos. “Os mais prejudicados com isso são os aposentados que só deverão receber 50% do valor reajustado”, afirma Ricardo Nunes.
Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho, reposição salarial de acordo com o índice de inflação, reajuste dos benefícios, realização de concurso público, reforma de prédios públicos, cumprimento dos acordos já firmados com o Governo Federal e igualdade salarial entre ativos, inativos e aposentados.
“É um direito garantido pela Constituição o servidor público ter o salário reajustado pelo menos uma vez por ano. Ao invés de cumprir com a lei, o Governo Federal ameaçou não reajustar os valores em 2012 e 2013 e ainda cortou os salários, o que só seria permitido se a greve fosse decretada ilegal ou abusiva, o que não é o caso”, explica Elinos Sabino, membro do Comando de Greve Unificado dos Servidores Federais.
O Sindicato dos Condutores de Ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também se uniram ao ato público na tentativa de chamar atenção da população para as causas da greve.

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