Skatistas também movimentam o comércio de roupas estilosas.
Empresa já construiu mais de 180 pistas de skate no Brasil.
O empresário Fernando Casasco descobriu no esporte o tino para os negócios. Ele constrói pistas de skate. O esporte surgiu na vida dele aos 7 anos. Casasco ainda guarda o primeiro skate que ganhou. Ele não imaginava que 35 anos depois iria se tornar referência no mercado brasileiro.
Nada mal para o que – há 15 anos – era apenas um hobby. “Vamos fazer pistas publicas para as cidades, em clubes, em condomínios. Na época até o meu pai brincava e falava assim ‘mas como assim, ninguém quer fazer pista de skate’. Eu falei, ‘não, mas vão querer’”, explica.
A empresa construiu mais de 180 pistas de skate no Brasil inteiro, além de duas no exterior. O custo é de R$ 500 por metro quadrado. O faturamento médio anual é de R$ 1,5 milhão.
Fernando trabalha com uma estrutura enxuta. Desenvolve os projetos das pistas na casa dele com a ajuda de um arquiteto. “Eu faço todo o detalhamento de materiais, detalhamento técnico do projeto, levantamento de materiais, todo esse trabalho pra viabilizar a obra da pista”, diz o arquiteto Eduardo Natário.
Um clube na zona sul de São Paulo contratou o empresário e há 2 anos os sócios ganharam uma nova e moderna pista de skate, com 350 metros quadrados. O investimento foi de R$ 150 mil e ajudou a aumentar a frequência no clube.
“Hoje nós temos aqui muitas crianças que fazem aula, nós temos inclusive adultos que utilizam a pista. A garotada, eles adoram o canto do clube e isso é de acordo com o investimento que a gente fez, é um investimento que eu posso dizer que deu certo”, diz Pedro Barbosa da Silveira, superintendente do clube.
O esporte cresce a cada dia no Brasil. Está tão popular que, em número de praticantes, só perde mesmo para o futebol. A indústria do skate chega a movimentar R$ 3 bilhões por ano.
Embalado pelo bom momento do mercado, agora o empresário Casasco quer mais, espera dobrar o faturamento até o fim do ano. “O mercado está normalmente em torno dessas pistas. Cada lugar que você coloca uma pista você gera um número de praticantes que têm que consumir, tanto equipamento como as roupas etc. Ou seja, e cada vez isso cresce mais”, diz.
E o empresário Edson Tuffi transformou o gosto pelo esporte em algo bem lucrativo. No início do ano, ele montou esta loja na zona leste de São Paulo. É o paraíso dos skatistas, tem de tudo para os apaixonados pelo esporte.
“A gente era uma loja de surf. E o surf tem tudo a ver com o skate. Aí nós montamos essa loja aqui com um miniramp. Era uma rampinha bem pequena, mais para o iniciante. E ai a demanda do skate foi aumentando a gente percebeu que o mercado estava em altíssimo crescimento e resolvemos mudar o segmento assim por completo”, afirma.
Para atender a necessidade do público específico, Tuffi investiu na variedade: roupas, acessórios, equipamentos de segurança e muitos modelos de skates. Hoje, são mais de 500 produtos disponíveis na loja.
Quem compra os acessórios pode sair com o skate montado, completinho. “Tem alguns shapes que são mais largos, alguns shapes são mais finos, como os trucks também, rodas também de diâmetro maiores ou menores, não tem uma regra estipulada para o skatista, ele que faz a regra”, afirma o vendedor Will Ronzio.
Thiago Reais é um fanático por skate e não economiza com as novidades. “Sempre compro, sempre tenho é shape, roda, que sempre tem que andar com um material novo, em boas qualidades”, relata.
Tem preços para todos os bolsos. Um skate completo para iniciante custa cerca de R$ 130. Os modelos mais sofisticados podem chegar a R$ 850. “O skatista no está querendo um equipamento bom. Não está mais indo tanto pelo preço, eles querem os importados, que geralmente são um pouco melhores”, revela Tuffi.
A loja atende o público adulto e também infantil. A criança é uma das grandes apostas do mercado. Para incentivar o esporte entre a garotada, o empresário montou a pista de skate onde elas treinam com o acompanhamento de professores.
O espaço funciona como uma escolinha. As aulas de skate acontecem duas vezes por semana e o valor da mensalidade é de R$ 160 reais. São 30 alunos matriculados. Os irmãos Samy e Enzo não perdem uma aula. “O esporte, a empolgação, as manobras deixam a gente louco, é muito legal”, diz Samy Mello Akel.
O empresário também mantém a loja virtual, que vende para todo país. O faturamento médio mensal é de R$ 45 mil. “Eu espero um crescimento de aproximadamente 15% até o final do ano, e esperamos mais duas ou três lojas até o final do ano que vem”, diz.
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