Os chamados controles de acesso são muito usados em condomínios.
Em 2011, o segmento movimentou mais de R$ 1 bilhão.
O empresário Luiz Corrochano fabrica um equipamento de segurança eletrônica que faz a diferença no dia a dia dos condomínios. O aparelho tem uma memória interna com um programa que controla a entrada e saída de veículos e pedestres. Ele criou o sistema há dez anos.
“Eu já fazia serviços em condomínios nessa parte de segurança. Em determinado momento eu percebi que essa área estava crescendo bastante e resolvi investir um pouco para criar um produto próprio e passar a industrializá-lo”, explica.
Para começar o negócio, o empresário investiu R$ 100 mil em maquinários. Além dos aparelhos de monitoramento, também são fabricados os controles remotos que integram o sistema de segurança. Na linha de produção, os funcionários fazem a montagem dos chips que funcionam como a memória do aparelho. São produzidos cerca de 300 conjuntos por mês
“A gente criou um sistema que impossibilita a clonagem do controle, então é muito mais seguro para utilização em condomínios. Ele permite que os usuários possam enviar sinais de pânico enquanto estão do lado de fora do condomínio e outras soluções diversas”, explica.
Depois da montagem dos conjuntos, uma equipe técnica programa os aparelhos. O equipamento registra acionamentos de até 9 portões com 6 mil controles remotos cadastrados. Um conjunto custa em média R$ 1,5 mil. O faturamento é de R$ 3,5 milhões por ano.
A instalação do sistema eletrônico é feita por empresas parceiras. O engenheiro Kleber Reis faz o serviço. “Quando nós abrimos um portão, um sistema de sensor vai informar para o módulo que aquele portão está aberto”, diz.
Cartão intransferívelUm condomínio em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, optou pelo equipamento de segurança há 4 meses. Com o sistema instalado na guarita, o vigia monitora os acessos ao prédio pela garagem e também pelo portão social.
Na entrada de pedestres, o sistema eletrônico funciona com um cartão. Basta aproximá-lo do leitor que o portão destrava. O diferencial é que o cartãozinho é pessoal e intransferível. Para usá-lo, é preciso que o morador esteja cadastrado. No computador da guarita é possível verificar o número do apartamento, o nome e a foto de quem terá acesso.
O condomínio gastou cerca de R$ 10 mil com o novo equipamento. “Facilitou a vida do morador, para ele entrar para o condomínio. Anteriormente, ele teria que estar se identificando para o porteiro, falando que ele era morador do condomínio. Hoje não, ele passa o chaveirinho, avisa que é ele que está entrando. O porteiro só faz o acesso, a liberação da segunda porta”, explica o zelador Jenival Ferreira Paz.
Para os moradores, o condomínio ganhou, e muito, com o sistema. “É mais prático e mais seguro”, diz Thiago de Freitas.
O setor de segurança é um dos que mais crescem no país. No ano passado, o segmento movimentou mais de R$ 1 bilhão. E para suprir a demanda, o mercado investe em tecnologia. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, a participação das pequenas empresas no cenário é fundamental.
“É um mercado que está abraçando muito esse tipo de empresa, que antigamente fazia rede elétrica e agora faz rede lógica. (...) Eu considero que esse mercado vai crescer em torno disso mesmo, em torno de 10% a 11%. Assas empresas estão sendo treinadas pelos distribuidores e fabricantes de produtos que a gente acaba instalando”, diz Oswaldo Oggiam, diretor da associação.
De olho nas tendências de mercado e em novas tecnologias, o empresário Corrochano acredita num crescimento ainda maior para este ano. “Eu confio que até o final do ano nós vamos manter essa média de crescimento por volta de 15%”, ressalta.
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