quarta-feira, 30 de maio de 2012

Sítio em Matelândia se transforma em parada obrigatória para garças


Milhares de aves buscam refúgio nas árvores à beira de um açude.
Biólogo diz que garças procuram abrigo e alimentação no local.

Do Globo Rural

No fim da tarde, elas começam a chegar. As primeiras escolhem os pontos mais altos das árvores. Logo o restante do bando também chega. Muitas vezes, parece que não cabe todo mundo, mas elas vão se ajeitando, se equilibrando e cada uma encontra seu lugar. É o que acontece na propriedade de 22 hectares, que a agricultora Gema Sulzbach tem em Matelândia, região oeste do Paraná.
As garças passam a noite na propriedade há anos e estão bem ambientadas. As aves só não se acostumam com a presença humana, por isso é preciso manter distância. Qualquer movimento brusco perto das árvores faz com que elas levantem voo. “A gente não faz barulho, não anda nem recolhe a roupa do varal para não espantar as garças”, garante a dona da propriedade.
Da janela do quarto, a agricultora contempla a paisagem todas as noites. A propriedade já ficou conhecida na vizinhança como “santuário das garças”.
O biólogo Apolônio Rodrigues conta que as aves costumam permanecer muitos anos no mesmo local. “Elas têm alguns pontos que elas gravam na mente como um mapa delas, onde elas podem encontrar essas condições de alimentação e abrigo”.
A espécie é conhecida como garça boiadeira, porque acompanha o gado para se alimentar dos insetos que ficam perto dos animais.

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