Pavimentação de BR-163 pode baratear frete em até 40%.
Em 2014 agricultores podem aproveitar opção de Miritituba.
O desafio promete mobilizar as forças do agronegócio. Elas querem que o governo pressione as empresas contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para que cumpram o cronograma.
Edeon Vaz Ferreira, coordenador-executivo do Movimento Pró-Logística destaca que a estimativa do setor é que se até o final de 2013 estiver pronto o corredor ligando a divisa entre Mato Grosso e Pará até o Porto de Miritituba, no ano seguinte será possível ao produtor mato-grossense usufruir da estrutura do porto.
Mas para explorar toda potencialidade do Porto de Santarém e ter as despesas com frete reduzidas em até 40%, será preciso esperar um pouco mais: 2015. Dados do Movimento Pró-Logístico mostram que 674,56 km separam a BR-163 entre a fronteira com os dois estados até o entroncamento com a BR-230 (ponto de acesso a Miritituba). Deste total, 280 km estão pavimentados, ou 41,5% do total.
“Há uma luta para viabilizar a pavimentação. Vamos pressionar o DNIT para que cobre das empresas para que até o final do ano que vem esteja pronta a pavimentação neste trecho”, declarou o representante, em entrevista ao G1.
Vaz Ferreira acompanha, no Pará, a comitiva do Estradeiro Aprosoja. Equipes percorrem a região para verificar o cronograma de serviços de pavimentação. Quando operacionalizada, somente pela BR-163 devem rodar 150 mil carretas em direção aos portos. Em um primeiro momento, os portos do Pará já devem receber 6 milhões de toneladas de grãos.
Mas ao mesmo tempo em que a BR-163 é considerada uma das principais demandas para baratear o frete com transporte, o segmento também cobra a implementação de outros projetos, como a hidrovia Teles Pires-Tapajós. “O que insistimos também é na hidrovia. Embora a BR-163 soja nova ela já vai nascer saturada”, complementou o coordenador-executivo.
Estradeiro 2012
Nesta terça-feira (29) as equipes que formam o Estradeiro Aprosoja percorreram o trecho entre a cidade de Sinop (MT) até Novo Progresso (PA). Neste estado, o andamento das obras imprime velocidade considerável, pontua Ferreira. No entanto, lembra o representante, algumas empresas precisam ser acompanhadas de perto para que estejam no ritmo considerado ideal.
Todas as constatações do Estradeiro vão formar um documento a ser elaborado pelas entidades do agronegócio mato-grossense. Os pontos elencados vão ser repassados aos governos federal e estadual para que acompanhem a situação
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