quinta-feira, 31 de maio de 2012

Por falta de maca, homem morre em frente a hospital de Cuiabá, diz polícia


Homem morreu na calçada ao tentar ser atendido no Pronto-Socorro.
Polícia Civil já está investigando o caso e ouvindo testemunhas.

Pollyana Araújo Do G1 MT
Homem morreu na calçada em frente do Pronto-Socorro da capital.  (Foto: Pollyana Araújo/ G1)Homem de 52 anos morreu na calçada em frente
do Pronto-Socorro (Foto: Pollyana Araújo/ G1)
Um homem de 52 anos foi buscar atendimento no Pronto-Socorro de Cuiabá no início da manhã desta quarta-feira (30) e morreu na calçada em frente da unidade de saúde.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que está investigando o caso, informou que testemunhas relataram que a vítima não foi atendida por falta de maca, não resistiu e acabou morrendo. Ao G1, a assessoria de imprensa do Pronto-Socorro negou que houve negligência no atendimento da vítima.
Os fatos, no entanto, serão apurados. "Fomos informados de que ele foi até o pronto-atendimento e disseram que não poderiam atendê-lo porque não tinha maca desocupada, mas depois o porteiro de um prédio que fica do lado do Pronto-Socorro falou que foi ele quem pediu para que buscassem o paciente na rua porque ele estava passando muito mal", afirmou o investigador da Polícia Civil, Heleno Xavier.
Segundo ele, outras pessoas ainda serão ouvidas, entre elas um enfermeiro que atendeu o paciente ou recebeu o pedido de socorro do porteiro que tentou ajudá-lo. Com a troca de plantão das equipes de saúde, a polícia está enfrentando dificuldades para identificar quem se recusou a prestar atendimento alegando falta de macas.
O investigador explicou que a vítima estava internada na unidade de saúde e recebeu alta na manhã desta terça-feira (29). Porém, o homem retornou ao hospital hoje, mas não foi atendido. "Ficamos sabendo que o paciente sofria de um câncer no estômago", disse o investigador. O paciente foi ao hospital sozinho e, conforme a polícia, até agora nenhum parente compareceu ao local para saber informações sobre ele. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
O diretor clínico do Pronto-Socorro, Carlos Alberto Maranhão, alegou por meio da assessoria de imprensa que a unidade não faz atendimento de saúde externo, porém, mesmo assim os profissionais foram até o local onde o paciente estava caído, mas ele já estava morto. No entanto, Carlos Maranhão negou que houve negligência por parte do hospital.

Nenhum comentário:

Postar um comentário