terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Hotel no Pantanal une turismo e preservação em Mato Grosso


Turistas podem conhecer a região em passeios a cavalo ou em barcos.
Macacos podem ser observados durante caminhada pelas trilhas da região.

Iara Vilela Do G1 MT

Corixos se formam nos rios pantaneiros durante a temporada de cheia  (Foto: Iara Vilela / G1)Corixos se formam nos rios pantaneiros durante a temporada de cheia (Foto: Iara Vilela / G1)
O Pantanal mato-grossense recebe turistas do mundo inteiro atraídos em sua maior parte pela natureza quase intocada. A maior planície alagável do planeta é um dos destinos mais procurados no estado e é de fácil acesso, já que o visitante precisa viajar pouco mais de uma hora pelas rodovias BR-070 e MT-060 para chegar a Poconé, cidade a 104 km de Cuiabá que é considerada a porta de entrada para o Pantanal. O caminho é totalmente asfaltado e ao longo do trajeto é comum avistar animais à beira dos rios ou descansando embaixo de árvores.
Outra alternativa é seguir pela rodovia Transpantaneira, com 145 km de extensão, que corta o Pantanal e liga o município de Poconé à localidade de Porto Jofre. Tuiuiús, garças e jacarés são vistos com frequência, principalmente pelos turistas que se aventuram pela rodovia. O Pantanal de Mato Grosso possui um total de 37 hotéis e pousadas, sendo que 17 deles ficam ao longo da rodovia Transpantaneira.
A apenas 10 quilômetros de Poconé está situada a Estância Ecológica do Sesc Pantanal. O hotel mantido pelo Serviço Social do Comércio é o maior da região, possui 298 leitos e incentiva o ecoturismo. Além dos hóspedes, o hotel mantém pesquisas científicas e trabalha com aulas de educação ambiental.
Com diárias a partir de R$ 210 (quem for comerciário paga a metade deste valor), o hotel oferece vários passeios monitorados por guias locais e que apresentam as belezas da região para os turistas. O passeio a cavalo custa R$ 25 e é um dos mais procurados.
O comerciante Miguel Schafer mora na cidade de Sonora, em Mato Grosso do Sul, e ficou entuasiasmado com a beleza da região. "Trouxe minha família. O passeio está sendo muito melhor do que eu imaginava e conhecer o pantanal andando a cavalo foi maravilhoso. Meu filho gostou muito", contou.
Quem não for adepto da cavalgada pode aproveitar os passeios que são feitos de barco ou a pé. A trilha do Tatu é imperdível para quem for acompanhado de crianças. Durante a trilha, o guia explica sobre a vegetação e sobre os animais que habitam o interior das matas pantaneiras.
Durante o percurso, vários macacos-prego aparecem em meio às árvores em busca das frutas que são oferecidas pelos turistas. Com a ajuda do guia, é possível colocar um pedaço de fruta na palma da mão para que um dos macaquinhos desça da árvore e venha buscá-la. O percurso é de cerca de 3 km, dura duas horas e sai por R$ 20 (com a carteirinha do Sesc, paga-se menos pelos passeios).
Em determinado momento do passeio é possível subir em um mirante e ver as belezas pantaneiras do alto. Ernandes Pimenta levou a filha para passear pela trilha e ficou impressionado. "Ela queria ver os macacos em seu habitat natural. Já foi em zoológico, mas não é a mesma coisa de ver assim, na natureza. É realmente muito bonito", destacou.Outra opção é conhecer as belezas pantaneiras pedalando, já que o turista pode alugar  bibicletas nos hotéis.
Quem viaja para conhecer o Pantanal não pode perder a chance de fazer um passeio de barco. Os passeios aquáticos ocorrem desde a madrugada e adentram o dia. Ainda durante a madrugada, com a companhia do guia, o turista pode sair de barco pelo Rio Cuiabá e acompanhar o nascer do sol. Os passeios pelos corixós - canais formados durante o período de cheia - também encantam quem decide passear de barco.
A família do agente de trânsito José Antônio da Silva saiu do interior de São Paulo para conhecer o Pantanal. O passeio pelo Rio Cuiabá superou as expectativas. "Fazia tempo que queríamos vir e não dava. Mas, agora que conhecemos, não tem como não gostar. Achei interessante porque temos a oportunidade de observar vários animais. Vimos tuiuiús e jacarés. Queremos voltar aqui com toda certeza", contou o agente de trânsito.
Macacos-prego são visto em grupo durante trilha (Foto: Iara Vilela / G1)Macacos-prego são observados durante trilha
(Foto: Iara Vilela / G1)
Choveu, e agora?
O Pantanal é a maior planície alagável do planeta e isso é sinônimo de chuva. De dezembro a março as chuvas são mais constantes na região, o que transforma o cenário pantaneiro. Se você estava esperando aquele dia de sol e a chuva caiu, não desanime pois a maioria dos hotéis continuam a oferecer os passeios mesmo sob chuva.
Felipe Rodrigues da Silva tem 16 anos e viajou com os pais para conhecer o Pantanal. Ele contou que, no dia em que chegaram ao hotel, choveu bastante e que ele aproveitou para fazer outras atividades. “Enquanto estava chovendo eu aproveitei para ir ao salão de jogos, que é grande. Aqui tem sempre o que fazer, não fiquei parado só porque choveu”, contou o jovem.

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