Segundo pesquisa, DF tem 2º menor investimento per capita em segurança.
Dados são da 5ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
R$ 110,28 foi o gasto per capita do DF em 2010, maior apenas que do Piauí
De acordo com o estudo, ocorreram 1.032,5 roubos no DF para cada 100 mil habitantes. O segundo lugar ficou com o Amazonas, com taxa de 949,9. Os dados indicam ainda que o DF ocupou o quarto lugar em roubo de veículos, atrás de São Paulo, Amazonas e Rio de Janeiro, respectivamente.
Quanto à posse e uso de drogas, o índice registrado no DF foi de 134,1 a cada 100 mil habitantes, contra 113,8 apontado em 2009. O crescimento, segundo o secretário-executivo do fórum, Renato Sérgio de Lima, está relacionado à postura da polícia. “A polícia do DF está com olhar mais focado na questão do tráfico e da posse e do uso de entorpecentes.” O Rio Grande do Sul veio em seguida, com taxa de 93,4.
Em relação a adolescentes em conflito com a lei cumprindo medidas privativas de liberdade, o levantamento apontou que o DF tem o maior índice, com uma taxa de 288,2 para cada 100 mil habitantes entre 12 e 17 anos.
O anuário mostra ainda que houve aumento de 277,69% nos investimentos dos governos federal e distrital em defesa civil no DF e queda de 6,32% em policiamento. "Gastar mais não significa necessariamente melhorar a segurança pública. [...] Nós gastamos muito e gastamos de forma ineficiente”, disse Lima.
Dados
O secretário executivo do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima
(Foto: Raquel Morais/G1)
O levantamento foi realizado a partir do cruzamento e da consolidação das informações financeiras da Secretaria do Tesouro Nacional, vinculada ao Ministério da Fazenda, e de dados de violência reunidos na base da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), ligada ao Ministério da Justiça, do Sistema Único de Saúde e de secretarias estaduais de Segurança Pública.Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima
(Foto: Raquel Morais/G1)
O documento também apontou que 65% dos entrevistados no Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Bahia e Rio de Janeiro disseram que a polícia é "nada ou pouco confiável". A mesma opinião foi registrada por 51% dos consultados sobre o Judiciário.
"Gastamos muito, gastamos muito mal, somos extremamente ineficientes, convivemos com taxas de corrupção e baixos salários. [...] Acho que essa é a mensagem dos resultados. Essa mensagem não é nova, só mostra a gravidade do quadro", disse Lima.
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