Mato Grosso é o 3º estado a receber o programa do Ministério da Saúde.
Objetivo é examinar todos os índios brasileiros até o final de 2012.
Cerca de 200 índios devem fazer exames na aldeia
Umutina (Foto: Reprodução/TVCA Tangará da Serra)
Uma ação inédita da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde está permitindo que índios de Mato Grosso tenham a oportunidade de realizar testes rápidos de HIV dentro das próprias aldeias. Cerca de 200 indígenas da aldeia Umutina, em Barra do Bugres, cidade que fica a 169 quilômetros de Cuiabá, devem realizar os exames ainda esta semana. Mato Grosso é o terceiro estado do Brasil a receber o programa.Umutina (Foto: Reprodução/TVCA Tangará da Serra)
Segundo a fisioterapeuta Maria Goreth, uma das responsáveis pela coleta de sangue para os testes, em 10 minutos o paciente já saberá o resultado do exame. “No caso do resultado positivo, a gente emite um laudo e encaminha essa pessoa para o centro de referência”, explicou.
Antes da implantação dos testes rápidos, os índios precisavam ir até as áreas urbanas para a coleta de sangue e os resultados levavam até 15 dias para ficar prontos. A cacique da aldeia Umutina, Creuza Soripa, aprovou a realização dos exames dentro do território indígena. “Aqui a gente sente que vai ser mais rápido, porque está aqui na porta, na casa do povo, no meio da comunidade, e não precisa ir lá na cidade para esperar a vaga”, argumentou.
Além dos testes, os indígenas também estão recebendo o acompanhamento de assistentes sociais, que além de orientação sobre como é realizado o exame, também fazem esclarecimentos sobre as doenças sexualmente transmissíveis. “A gente orienta a pessoa, faz uma pré-conversa onde colocamos toda a situação de como é realizado este teste, o que é o HIV, o que é a Aids, o que são as doenças sexualmente transmissíveis, como prevenir e qual a importância de fazer o exame”, afirmou a assistente social Zeni Salte Boff.
O Ministério da Saúde pretende examinar todos os índios brasileiros com mais de 10 anos até o final de 2012. Além do teste de HIV, devem ser implantados também os testes rápidos de sífilis e hepatite. “O objetivo é garantir à população indígena o acesso mais fácil para os exames que eles têm direito de fazer”, revela o chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Mato Grosso, Jorge Pinto de Oliveira.
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