A raposa e as uvas políticas
A mania de ficar em cima do muro, a fuga na eleição de 2018, os erros em
2022 e a falta de entrosamento começam a minar a candidatura de ACM
Neto a governador antes mesmo do ano eleitoral. Até Jabes Ribeiro, uma
raposa da política, já critica ter Neto como única opção. Negociador
nato, Jabes é bem capaz de liderar a formação de uma chapa sem PT nem
Neto, com gente dos dois lados.
Um partido bem partido
No momento o PP, partido de Jabes, está mais que dividido. A turma de
Mário Negro Aos Montes quer se jogar na cama com Zeronimo para ver se
ganha incentivo$ e cargo$. A banda de João Leão está encolhendo com
tanta rapidez que é capaz de sobrar só ele, o filho e Jabes. Só na Bahia
um partido está metade no governo e metade na oposição. Transtorno
Dissociativo de Personalidade...
Em busca de um emprego
Sem nem um quartinho para dormir no PT, depois que traiu o Partido das
Taxas para apoiar ACM Neto, a esperança da assombração política Gelado
Limões é conseguir uma vaga de assessor do deputado Pancadão da AFI. O
finado Gelado pode ensinar a enxertar vassoura em cacau ou a trair os
eleitores. Ele escreveu o manual "Como quebrar amigos e não influenciar
ninguém".
Uma questão de caráter
Se o cara não é fiel ao partido que lhe deu a eleição, como confiar nele
em casa? Na política baiana virou moda se eleger com discurso de
oposição e, logo ao tomar posse, se bandear para o governo em troca de
benefício$ nem sempre transparentes. Nesta semana, por exemplo, o
"opositor" prefeito de Teixeira de Freitas, Marcelo Belitardo (UB), se
amasiou com Zeronimo, do PT.
Infieís podem trair qualquer um
Outro traíra, que foi eleito para ser opositor e enfrentar o governo,
mas pulou na cama de Zerônimo, foi o prefeito de Sítio do Mato,
Alfredinho Magalhães. Mário Galinho, de Paulo Afonso, foi coordenador de
Neto na cidade mas já mudou para o terreiro de Zeronimo. Zé Ruela
Marcos, de Rio do Pires, também aderiu. Será que, com esse perfil, dá
para as esposas confiarem neles?
Procura-se uma dupla omissa
Logo no primeiro minuto de jogo o ex-zagueiro Marcone Amaral partiu com a
bola para o ataque. Agora deputado, ele lançou a proposta de formar uma
Bancada do Cacau, incluindo deputados que ajudam a região, como Pedro
Tavares, Ricardo Salles e Enrolembergue Pinto. Mas a grande pergunta é
onde estão Pancadão e Sofrência Galvão? Não apareceram para discutir a
Bamin.
Sem Pancadão & Sofrência
A possível venda da mineradora para a Vale do Rio Doce, caso aconteça,
pode enterrar os dois maiores projetos de infraestrutura do sul da
Bahia, essenciais para sair do buraco: a ferrovia Fiol e o Porto Sul.
Políticos como o presidente da Câmara de Itabuna, Manoel Porfírio, já se
mexem, fazendo audiências e planejando pressão nos governos. Mas a
dupla Pancadão & Sofrência sumiu.
Armação não deu certo
O Partido das Taxas está de cabeça quente. Ele sugeriu a eleição de
Coronezinho Ângelo para presidente da Assembleia para que o pai, Coroné
Ângelo, aceite, como cordeiro, perder a vaga no Senado para Rui B. Osta
na chapa de 2026. Rui não abre mão. Ele desconfia que o Ludrão não se
reelege presidente e precisa de um cargo político, porque não sabe fazer
outra coisa. Ângelo ignorou.
Vai concorrer com petistas
Nos dias do encontro da UPB em Salvador, Coroné Ângelo recebeu em seu
escritório uma dúzia de prefeitos e mais de 20 deputados. Para todos
repetiu a mesma coisa: vai ser candidato à reeleição no Senado. Se não
quiserem ele na chapa governista, pode sair pela oposição ou até formar
uma terceira via. Mais uma vez, surge a ideia de uma chapa sem PT nem
UB.
Uma chapa "poca PT"
O protagonismo de Coroné Ângelo nos bastidores da política baiana já
levam alguns a vê-lo como possível líder de uma nova corrente, nem
petista nem de oposição, que poderia atrair nomes dos dois grupos. A
ideia é pegar os insatisfeitos com a maresia de ACM Neto de um lado, e a
completa incomPTência e gulodice dos petistas. PSD, Avante, PL e a ala
Joanista do PP estariam nos planos.
Sua pamonha está assando...
A dupla Pamonha & Rôla pode se dar mal. Se elegeram em Canavieiras
fazendo todo tipo de traquinagem, mas a Justiça eleitoral mandou
continuar a investigação contra o alcaide Paulo Pamonha, que pode cassar
a chapa. Ela diz que ele fechou escolas e mandou os servidores para
eventos de campanha. Também distribuiu cerveja aos eleitores e guardava
os carros de campanha na Prefeitura.
Rôla também pode dançar
Paulo Pamonha também prometeu show de um cantor famoso caso vencesse.
Promessa, aliás, que ele não vai cumprir mesmo, porque recebeu a herança
maldita de um rombo enorme no cofre, deixada por ele para ele mesmo. Se
a chapa for cassada, é bem capaz que Rony Rôla também perca o mandato,
porque o gasto que todo mundo viu na campanha não foi normal...
Esperar julho seria justo
O atraso da reforma do estádio Luiz Viana Filho, que só deve ser
reaberto no dia da cidade, 28 de julho, devia fazer o prefeito Augusto
Castro rever uma negociação política. Alcântara Pellegrini, que tocou
toda a luta pela reforma, merece ter seu nome na placa quando o estádio
for reinaugurado. Se a falada substituição por Ávila em fevereiro se
confirmar, será uma grande injustiça.
Terceirizador de problemas
A frase mais hilária da semana foi Zeronimo, do PT, dizer que "nunca
fugirei da minha responsabilidade de governador". Se bem que, para
fugir, primeiro é preciso assumir o cargo de verdade. Mas ele foge o
tempo todo. Só nesta semana, botou a culpa da rejeição do povo ao Ludrão
em Bolsonaro, a da segurança na "situação mundial" e a das mortes na
regulação nos prefeitos.
Sem cuidado com a língua
Animado com a própria estupidez, ele afirmou, sem ficar corado, que a
enorme rejeição do cacique do Partido das Taxas, o Ludrão, acontece
porque “está pagando a conta pelas mazelas deixadas pelo governo
anterior”. Será que se refere a gasolina a R$ 5, gás a R$ 95 e alimentos
baratos? A superávit recorde e estatais com lucro histórico? Seguindo o
exemplo, então sua baixa popularidade é culpa das merdas feitas por Rui
B. Osta...
Acabando com o latifúndio
O secretário de Ordem Pública, Humberto Mattos, esteve no Conexão Morena, da Morena FM,
para explicar o atraso na reforma da Feira do São Caetano, obra da
Conder que levaria seis meses, mas já se arrasta há dois anos e agora
ficou para o aniversário da cidade. No papo, ele acabou revelando que
alguns feirantes tinham dois até oito boxes na feira. "Isso acabou, vai
ser um para cada".
Se não vai por bem...
Humberto também lamentou que toda a negociação que fez com os bares da
avenida Kennedy tenha sido inútil. "Tentei, através do diálogo, por
quatro anos, e não consegui". Agora o Ministério Público está obrigando a
Prefeitura a reprimir o som alto com pulso firme. A secretaria vai
retomar a Patrulha do Som, com a PM, e vai ter que jogar duro contra
quem abusar.
Rui e sua mente minguada
Dono de um cérebro avariado, o sinistro Rui B. Osta resolveu dar
consultoria de pobreza. Nesta semana, ao ser questionado sobre a
inflação dos alimentos, que explodiu no desgoverno do Ludrão, ele
sugeriu que quem não pode comprar laranja troque por outra fruta. Quer
dizer, voce não pode nem chupar uma laranja nesse governo. Melhor trocar
o governo que a fruta...
Defendendo o aero errado
Augusto devia usar sua influência e espaço em Brasília não para reativar
um aeroporto que não vai fazer muita diferença, a apenas 32km do de
Ilhéus, mas para encampar a luta por um aeroporto internacional no sul
da Bahia. Ele pode atrair turistas, cargas, empresas e investimentos
simplesmente por não ter limite de pouso (aviões maiores) e por oferecer
alfândega para cargas.
Perigo não vale a reabertura
O aeródromo de Itabuna tem problemas insolúveis, como uma pista que dá
de frente para o centro da cidade. Em caso de acidente, o avião vai
bater lá no Módulo Center. A outra ponta da pista é mais baixa que a
BR-101, onde passam caminhões o tempo todo. Batida de avião com caminhão
não desce redondo. Precisamos de um aero de verdade, para todo o sul da
Bahia.
Intolerância musical
A babaquice ataca em Salvador. Um "instituto" de religiões afro entrou
com ação no Ministério Público para impedir Cláudia Leitte de cantar no
carnaval da capital. Por que? Por substituir uma menção a Iemanjá na
música Caranguejo por "Yeshu'a" (Jesus em hebraico). Acusa de
"intolerância religiosa". E se os católicos exigirem que Ilê Ayê troque
os nomes dos orixás por santos em sua música?
Quem avisa, amigo é
Ainda falando de Jabes Ribeiro, ele deu um saculejo de realidade na
oposição. "Apostar todas as fichas em Neto desde agora pode deixar a
oposição desarticulada em 2026, caso ele decida não ser candidato a
governador, como já fez". Em 2018, Neto prejudicou todas as candidaturas
a deputado do grupo ao "correr da raia" perto da eleição, deixando a
oposição sem pai nem mãe.
Uma chance de resgate
Este será o ano dos 40 anos da Axé Music, por isso mesmo uma grande
chance de fazer o Carnaval de Salvador voltar ao que era em seu auge,
antes de ser infestado por gêneros musicais que nada tem a ver com a
festa, como arrocha, sofrência, dance eletrônica e sertanejo. O Axé
começou seu declínio quando outros gêneros entraram e bandas baianas
pararam de tocar o axé das outras.
Nova roupagem, com qualidade
Hoje, só dá para ouvir axé com o nível de antes... nas gravações de antes. Na quarta, o Mesa Pra 2, da Morena FM,
teve a banda Preta Vip tocando alguns clássicos do axé, como Prefixo de
Verão. Até rolou a ideia dela gravar um album de axés clássicos, com
participações especiais de feras como Netinho, Alobênede, Tuca e Aline
Rosa, por exemplo. Taí um bom presente de 40 anos.
PT, a "rainha das sucatas"
Os governos do PT na Bahia adoram destruir sonhos. Quando e se o VLT
funcionar, os trens, comprados mais de dez anos atrás, já vão estrear
sucateados. O ferry-boat tem a promessa de ganhar "novas" balsas, mas a
licitação do governo é para usadas, e bem usadas. Ou seja, também já vão
começar a funcionar sucateadas. É o mesmo PT que destruiu o Centro de
Convenções da Bahia...
Histórias da política sulbaiana
Nos anos 80 e 90, aniversário de ACM era sempre com muita festa na rua,
que ele adorava. Mas, em certo ano, a homenagem do jornalista Manoel
Leal ao amigo irritou um bairro inteiro em Salvador.
Às 5 horas da manhã de um domingo, data do aniversário, ele "saudou" ACM
com uma queima de fogos de dar inveja a Copacabana e a charanga de
Moncorvo tocando forte na frente do prédio. Por pouco o HGE não lotava
de gente infartada.
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