segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Tuberculose merece toda a atenção

 








Os probióticos podem melhorar sintomas gastrointestinais causados

pelo uso extensivo de antibióticos para tratamento da doença 

                                                                                                                              


Crédito: Depositphotos.com/KostyaKlimenko

“O probiótico LcS foi descoberto em 1930 pelo médico e pesquisador Minoru Shirota e é uma das cepas mais estudadas”


O relatório global de tuberculose da Organização Mundial da Saúde (OMS) 2024 aponta que 10,8 milhões de pessoas tiveram a doença em 2023 em todo o planeta, o equivalente a 134 casos por 100 mil habitantes. A tuberculose é a enfermidade que mais causa mortes por doença infecciosa de agente único no mundo – atrás apenas da Covid-19 – com mais de um milhão de óbitos por ano. Apontado como um dos países com maior incidência, o Brasil registra aproximadamente 80 mil novos casos anualmente, com cerca de 5,5 mil mortes.


Embora a enfermidade possa ser prevenida e curada, continua sendo um importante problema de saúde pública em nível global. Por isso, o Dia Nacional de Combate à Tuberculose (17 de novembro) visa destacar a doença no calendário de saúde nacional e alertar a população sobre as formas de prevenção, os sintomas e o tratamento. Essa doença infectocontagiosa transmissível por vias aéreas é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (conhecida como bacilo de Koch) e afeta principalmente os pulmões.


A tuberculose ativa pulmonar (forma mais comum) ou laríngea sem tratamento é transmitida pela eliminação de pequenas partículas sólidas e líquidas produzidas pela tosse, fala ou pelo espirro de um indivíduo com a doença (aerossóis). A transmissão ocorre de pessoa a pessoa. Mas o risco da progressão após infecção depende de alguns fatores, em especial a integridade do sistema imune. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas ilícitas ou qualquer outro fator que gere baixa resistência imune também podem favorecer o desenvolvimento da doença.


Apesar de ter a capacidade de infectar qualquer pessoa, independentemente da idade ou do sexo, a maior carga de contágio é verificada em homens adultos. Entretanto, as crianças são mais suscetíveis ao adoecimento e ao desenvolvimento de formas graves da tuberculose. Em termos de profilaxia, a vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS), visa proteger as crianças das formas mais graves da doença.


Tratamento e probióticos

O tratamento em longo prazo com medicamentos contra a tuberculose (anti-TB) tem desempenhado um papel positivo no controle da epidemia. Entretanto, há frequentes reações adversas relacionadas a medicamentos que envolvem sintomas no sistema digestório, danos ao sistema nervoso, reações alérgicas e anormalidades no sistema sanguíneo.


As principais reações adversas do sistema digestório incluem sintomas gastrointestinais e desordens hepáticas, que frequentemente ocorrem durante os dois meses da fase intensiva após o início do tratamento. Reações gastrointestinais adversas associadas ao anti-TB frequentemente se manifestam como náusea, vômito, perda de apetite, diarreia e dor abdominal.


Vários estudos têm mostrado que o aumento da ingestão de probióticos pode melhorar sintomas de disfunção gastrointestinal causados pelo uso extensivo de antibióticos – como é o caso do tratamento da tuberculose. Entre os mais recentes está uma revisão científica que mostra evidências para o uso de antibióticos e probióticos para alterar o microbioma na tentativa de melhorar os sintomas da síndrome do intestino irritável. Uma outra metanálise apontou que os probióticos são eficazes para prevenir a diarreia associada a antibióticos em adultos.


Por esse motivo, pesquisadores chineses desenvolveram um estudo que avaliou as reações adversas em 429 pacientes adultos em uso de medicamentos anti-TB. No experimento científico, os pesquisadores usaram uma bebida láctea fermentada contendo o probiótico Lactobacillus casei Shirota (LcS), exclusivo da Yakult. “O probiótico LcS foi descoberto em 1930 pelo médico e pesquisador Minoru Shirota e é uma das cepas mais estudadas por diversas instituições de pesquisa do mundo, inclusive pelo Instituto Central Yakult”, afirma a gerente de Ciências e Pesquisas da Yakult do Brasil, Helena Sanae Kajikawa.


Resultados 

Neste estudo chinês foram investigados os efeitos do consumo do L. casei Shirota em eventos adversos gastrointestinais associados ao tratamento anti-TB. De acordo com os autores, os resultados mostraram que a suplementação diária de L. casei Shirota para pacientes submetidos à terapia anti-TB de fase intensiva diminuiu significativamente a incidência e a duração dos eventos adversos gastrointestinais associados, particularmente vômitos e perda de apetite.


Os resultados mostram, ainda, efeitos protetores dependentes da dose semelhantes de L. casei Shirota foram observados em relação à duração do vômito e perda de apetite. Para os autores, esses achados indicaram que o consumo diário de L. casei Shirota evitou eventos adversos gastrointestinais associados à tuberculose. O ensaio foi registrado no Registro de Ensaios Clínicos Chineses.


Sobre a Yakult – O Leite Fermentado Yakult completa 89 anos em 2024 e é o carro-chefe da empresa sediada em Tóquio, no Japão. Desde que o médico Minoru Shirota criou o leite fermentado com o exclusivo Lactobacillus casei Shirota, em 1935, e fundou a Yakult Honsha, em 1955, a empresa sempre teve grande preocupação em desenvolver alimentos que beneficiem a saúde das pessoas. Por isso, mantém o Instituto Central Yakult, em Kunitachi, Tóquio, que realiza inúmeros estudos relacionados ao intestino humano. No mundo, mais de 40 milhões de pessoas consomem Leite Fermentado Yakult com Lactobacillus casei Shirota diariamente (resultado de 2022). Para outras informações, basta acessar o site www.yakult.com.br ou as redes sociais da empresa: Facebook/yakultbrasiloficial, Instagram@yakultbrasil e TikTok/yakultbrasil.


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