sábado, 26 de outubro de 2024

A importância da participação política dos jovens no cenário eleitoral brasileiro

 



O cientista político Elias Tavares explica como o eleitorado jovem pode decidir o futuro de São Paulo


Crédito: Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), candidatos a prefeito de São Paulo • Arte/CNN

A participação política dos jovens é essencial para a renovação democrática e a construção de um futuro mais inclusivo e representativo no Brasil. Cada vez mais, essa faixa etária demonstra consciência sobre seu papel nas transformações sociais, mobilizada por temas como justiça social, direitos humanos e meio ambiente. Contudo, o engajamento dos jovens é influenciado por diversos fatores, incluindo o acesso à informação, a educação política e o sentimento de pertencimento às causas defendidas.


Um dos principais desafios enfrentados pelos jovens é a falta de representatividade nas candidaturas e partidos, que muitas vezes os afasta da participação ativa. Além disso, a desinformação e o desencanto com a política tradicional contribuem para a apatia eleitoral. Para superar esses obstáculos, é crucial promover a educação cívica desde cedo e criar políticas públicas que aproximem os jovens do processo decisório.


Para atrair e manter a atenção do eleitorado jovem, as campanhas eleitorais precisam adotar uma linguagem acessível e conteúdos diretos, que abordem causas relevantes. A personalização das mensagens, a valorização da autenticidade e a transparência são fundamentais. As redes sociais, como Instagram, YouTube e TikTok, são ferramentas poderosas que permitem uma comunicação visual e interativa, facilitando a aproximação entre políticos e jovens eleitores. Lives, vídeos curtos e campanhas que incentivam a participação são práticas cada vez mais comuns e bem-sucedidas.


“Candidatos como Guilherme Boulos e Ricardo Nunes têm se destacado por suas abordagens direcionadas ao público jovem. Boulos é conhecido por suas propostas sociais e sua comunicação digital envolvente, enquanto Nunes foca na gestão eficiente e em políticas urbanas. Ambos utilizam suas presenças nas redes sociais para moldar imagens que ressoam com diferentes perfis de jovens, promovendo um diálogo aberto e acessível.”, acentua Elias Tavares, cientista político.


As redes sociais têm o potencial de fortalecer a democracia, oferecendo espaços para debate e pluralidade de ideias. No entanto, também apresentam riscos, como a desinformação. A alfabetização digital e a implementação de políticas para combater fake news são essenciais para garantir que as redes sociais cumpram sua função democrática.


As instituições educacionais desempenham um papel crucial na formação de cidadãos críticos. Promover atividades que estimulem o debate político, como simulações eleitorais e palestras com especialistas, pode engajar os jovens de maneira significativa. Iniciativas como o Parlamento Jovem, que proporciona uma experiência prática sobre o funcionamento da política, são exemplos que merecem ser ampliados.


“Em um momento decisivo para a política brasileira, a participação dos jovens é mais importante do que nunca. Com a combinação de educação, comunicação eficaz e representatividade, é possível transformar o cenário político e garantir um futuro mais justo e democrático. A inclusão dos jovens no processo eleitoral não é apenas uma oportunidade, mas uma necessidade para o fortalecimento da democracia no país.”, conclui Elias.



Elias Tavares

Cientista Político

Insta: @elias_et



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