17 de setembro de 2024
O presidente do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, conselheiro
Francisco de Souza Andrade Netto, prestou uma homenagem aos conselheiros
Pedro Lino, do TCE/BA e Salomão Ribas, do TCE/SC, que morreram no
último domingo, na sessão plenária desta terça-feira
(17/09). Os conselheiros aprovaram a moção de pesar e solidariedade aos
familiares e amigos, e o presidente – que era amigo de ambos –
distribuiu o texto da moção em que ressalta a importância do trabalho
que realizaram pelo fortalecimento do sistema de tribunais
de contas.
O texto da homenagem apresentada pelo Francisco Netto, foi o seguinte:
“Senhores conselheiros, senhor procurador de contas, amigos:
O último domingo foi de tristeza para o sistema de tribunais de contas,
com a morte do conselheiro Pedro Henrique Lino, do nosso TCE, e do
conselheiro aposentado Salomão Ribas Júnior, do Tribunal de Contas de
Santa Catarina – ex-presidente do Instituto Rui
Barbosa e da Atricon. Eram ambos diletos amigos meus. E amigos entre
si.
Por esta razão quero apresentar – tenho certeza – em nome de todos os
membros e servidores da nossa Corte de Contas, uma moção de pesar e de
solidariedade aos familiares e aos inúmeros amigos que sofrem com a
perda destes dois distintos homens públicos.
O conselheiro Pedro Lino foi um parceiro e amigo do TCM, que prestigiava
nossas iniciativas e compartilhava experiências para o aperfeiçoamento
das nossas ações de fiscalização, em cumprimento à missão constitucional
da instituição. Um homem íntegro, rigoroso
em princípios éticos e de vasto conhecimento técnico.
Particularmente, perdi um amigo. Fomos colegas de turma no Colégio
Antônio Vieira. E depois tivemos anos de convivência no exercício de
funções de governo. Ele, secretário de Governo. E eu, secretário de
Segurança Pública. Dele, à época, tive a contribuição
necessária para implementar o processo de modernização e qualificação
de nossas polícias – para reduzir a violência em nosso estado.
Como conselheiro, embora muitas vezes incompreendido, cumpriu com rigor
seu dever, obedecendo apenas as leis e sua consciência. Foi um servidor
público exemplar que enriqueceu com seu saber as cortes de contas.
Que Deus conforte sua família e todos os amigos que sentem hoje sua falta.
Para aumentar ainda mais nossa tristeza, no mesmo dia, domingo, 15 de
janeiro, somos informados da morte do conselheiro aposentado Salomão
Ribas Júnior, ex-presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina e
ex-presidente do Instituto Rui Barbosa e da Atricon.
Mais um amigo que se foi. Tive uma convivência próxima com Salomão Ribas
no período em que ele, presidente do IRB e depois Atricon – entre os
anos de 2006 e 2009 – e eu presidente da Abracom desenvolvemos um
trabalho conjunto para o recolhimento e fortalecimento
do sistema Tribunais de Contas, no Congresso Nacional.
Trabalho este cujos frutos são hoje reconhecidos por todos.
Foi com sua administração que a Atricon ganhou importância e se
transformou na entidade de fato representativa dos tribunais de contas
do Brasil.
Salomão Ribas foi um intelectual brilhante. A cordialidade e competência era suas marcas.
Em Santa Catarina foi secretário da Educação, da Casa Civil, Consultor
Geral do Estado, secretário da Saúde, secretário de Imprensa, secretário
da cultura e deputado estadual.
Em 1990 renunciou ao mandado na Assembleia Legislativa para tomar posse
como conselheiro do Tribunal de Contas de Santa Catarina.
Foi um intelectual versátil. Além de livros sobre o controle externo,
sistema tributário, relatos sobre viagens e sobre seu estado, teve
também uma atuação marcante como advogado, professor, como jornalista e
também como radialista. Amava futebol, e fez até
locução esportiva.
Como presidente da Abracom, tive o prazer de homenageá-lo – já
aposentado – pelo trabalho que desenvolveu na liderança da Atricon, pelo
reconhecimento da importância dos órgãos de controle externo para a
administração pública e para a democracia.
Foi uma homenagem singela, da qual participaram os conselheiros Thiers
Montebello – hoje presidente da Abracom – e Antônio Joaquim,
ex-presidente da Atricon. Mas que o emocionou.
Quero por tudo isso, homenagear estes dois homens públicos que
engrandeceram nossos tribunais de contas, na esperança de que seus
exemplos de competência, correção e dedicação sirvam às novas gerações.
Obrigado amigos.”
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