São Paulo, 20 de setembro de 2024 -
Há um tempo a saúde mental virou uma das prioridades do departamento de
Recursos Humanos. Este ano inclusive entrou em vigor a Lei 14.481/2024,
que institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental e visa
reconhecer empresas que implementam práticas voltadas à promoção da
saúde mental e do bem-estar de seus colaboradores. Mas como de fato anda
a saúde mental no mercado de trabalho?
Um
levantamento realizado com 12.873 colaboradores de diversos setores e
empresas de variados segmentos - como bebidas, serviços e tecnologias -,
quanto mais a faixa etária diminui, ou seja, quanto mais jovem o
colaborador, mais risco apresenta para a saúde mental. Isso significa
que mais exposto e vulnerável se encontra.
“Os
jovens normalmente requerem uma atenção maior em relação ao equilíbrio
emocional, uma vez que estão cada vez mais ansiosos em relação a vários
aspectos do trabalho e muitos têm problemas em lidar com frustrações.
Além disso, frequentemente enfrentam uma variedade de pressões sociais,
como a necessidade de se encaixar em grupos,” explica Marcela Ziliotto,
Head de People da Pipo Saúde. “É importante que os gestores estejam
conscientes sobre essa diferença geracional e preparados para
direcioná-los e orientá-los para que mantenham sua integridade e
motivação e, assim, esses jovens possam trabalhar de forma saudável e
equilibrada”, complementa.
Dos
5.178 respondentes na faixa etária entre 19 e 29 anos - 2.858 pessoas -
55,1% possuem algum risco para a saúde mental, seja ele leve moderado
ou alto. O índice desceu um pouco no grupo entre 30 e 39 anos, onde
48,4%. Quando vamos para os colaboradores entre 40 e 49 anos a
porcentagem é de 36,4%. Já acima dos 50 anos, o índice cai para 29,2%.
E
a comparação de cada grupo etário com o total de respondentes também
ratifica que quanto mais jovens mais riscos: 22,2% na faixa entre 19 e
29 anos; 20,2% na faixa entre 30 e 39 anos; e 5,2% na faixa de 40 a 49
anos. Acima dos 50 anos, o índice fica em 3,4%. Para a análise do risco
mental, o estudo utilizou duas avaliações de formato resumido, validadas
para ansiedade e depressão, usando o score de cada pessoa baseado na
soma das suas respostas.
“Programas
de apoio psicológico, flexibilidade no horário de trabalho, incentivo
ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional, empatia, feedbacks, uma
cultura diversa e inclusiva, e uma comunicação aberta sobre a saúde
mental podem ser alguns dos caminhos para atração e retenção desses
jovens talentos”, comenta Ziliotto.
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