Uma edição histórica, para ficar guardada na mente e no coração de todos. A 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo,
que acabou neste domingo (15/09), no Distrito Anhembi, se consagra como
a maior edição dos últimos 10 anos, ao receber 722 mil visitantes, um
percentual 9,39% superior ao público do evento em 2022. Em clima festivo
e marcado pela diversidade, o maior evento literário da América Latina
teve, segundo dados prévios divulgados pela Secretaria Municipal de
Turismo (SMTur), através do Observatório do Turismo e Eventos da
SPTuris, um ticket-médio de R$ 208,14.
A
pesquisa, realizada entre os dias 6 e 15 de setembro, indica ainda o
perfil do visitante da Bienal do Livro de São Paulo: em relação à
procedência, 54,6% são da capital paulista, 22,5% da Grande São Paulo,
15,9% do interior do Estado e 7% de outros estados. E os números
mostraram um evento no qual as mulheres foram a grande a maioria, com
69,8% do gênero feminino, 28,5% masculino e 1,2% de outros; 0,5% não
responderam. A pesquisa apontou o grau de satisfação dos visitantes de 92,10%
Outro
dado indicou que a maioria dos visitantes está na faixa etária de 18 a
24 anos (43,3%), seguido de 25 a 29 anos (18,6%) e de 30 a 39 anos
(17,1%). O público de 40 a 49 representaram 13,8% dos visitantes; de 50 a
59 anos (5%) e de 60 anos ou mais (2,2%).
O
esforço pela democratização do acesso ao livro foi confirmado pelo
resultado de ações como cashback (no valor pago pelo ingresso) e
vale-livro (voucher individual de R$ 60, distribuído a 123 mil alunos e
servidores da rede municipal de educação), destinados à aquisição de
livros direto com as editoras, no valor de R$ 7 milhões, durante os dez
dias da Bienal. E não faltou a diversidade em gêneros literários, para
todos os gostos e bolsos, conferidos num conjunto de 683 autores
nacionais e 33 autores internacionais.
E
a demanda aferida pela Bienal dimensiona o poder de compra do visitante
e disposição para adquirir os livros direto no caixa do expositor. A
Bienal do Livro se consagra como ponto de encontro dos amantes dos
livros, local apropriado para vivenciar a experiência com as obras e
adquirir exemplares. Ao todo foram 227 expositores, que disponibilizaram
mais de 500 selos editoriais, num catálogo completo e diversificado em
gêneros literários, somando 3,65 milhões de livros.
De
acordo com pesquisa realizada com os expositores, houve um aumento de
83% na média diária de faturamento se comparado à edição de 2022, e mais
da metade deles consideraram a edição de 2024 melhor do que as edições
anteriores.
O
retorno ao Distrito Anhembi recebeu a aprovação de 80% dos expositores e
93% planeja voltar na próxima edição. O ambiente, que foi totalmente
remodelado, permitiu, em seus 75 mil m2, oferecer uma experiência ainda
melhor aos visitantes, com mais conforto e infraestrutura, como
corredores mais largos, que melhoraram a circulação do público.
Além
disso, alguns pontos foram destacados pelos expositores, como a
importância cultural e setorial da Bienal do Livro, essencial para
promover a leitura e a cultura, atraindo um público diversificado e
facilitando a interação entre autores e editoras; a visibilidade e
oportunidades de negócios que o evento oferece e a sua relevância no
mercado literário.
Com
motivos para brindar o êxito da grande festa literária, que reafirma as
perspectivas para o universo do livro, a partir da Bienal do Livro,
Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL),
realizadora do evento, comemora os resultados desta renovada edição. “As
melhorias que pensamos surtiram resultados. É muito gratificante ter
93% do público e 80% dos expositores satisfeitos com o evento. Isso só
reforça a importância da Bienal do Livro para trazer protagonismo ao
livro e a leitura que são os alicerces para uma sociedade mais
democrática, justa e próspera”, diz Sevani.
Consolidada
na rota das grandes feiras literárias internacionais, a Bienal do Livro
este ano teve como país convidado de honra a Colômbia, presente no
evento com um estande de 300m2 com o tema "A selva e suas histórias
possíveis", com arquitetura inspirada nas paisagens naturais da Amazônia
colombiana. A delegação convidada trouxe uma comitiva de chefs de
cozinha e 17 autores renomados, além de grupos musicais, promovendo
atividades em seu estande e também participando da programação em todos
os 13 espaços oficiais.
Sede pelo conhecimento
Espaços
culturais concorridos, 13 ao todo, onde o público buscou se inserir no
debate de grandes temas relacionados ao universo do livro, compuseram as
2.000 horas de programação. Áreas destinadas a autores, pensadores do
mundo literário, empreendedores, artistas do cordel e do repente,
personalidades da gastronomia, educadores que desenvolveram atividades
para crianças, celebridades e outras atrações. E o público provou que
nem só de estandes de livros vive a Bienal, já que o encontro com o
conhecimento e lazer também ganhou espaço na agenda dos visitantes que
abraçaram a diversidade em todos os aspectos.
Principais números da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Público visitante: 722 mil
Ticket médio: R$ 208,14
Compra online de ingressos: 96% dos ingressos
Ações de incentivo - vale-livro: R$ 7 milhões
Ações de incentivo – Cashback: 3 milhões
Quantidade de livros: 3,65 milhões
Selos editoriais Mais de 500
Área ocupada total: 75 mil metros quadrados
Expositores: 227 expositores
Espaços culturais: 13
Horas de programação: 2000
Autores nacionais: 683
Autores internacionais: 33
Visitação escolar: 90 mil
A
27ª Bienal do Livro de São Paulo contou com o patrocínio do Itaú, que
apresentou o evento; AON, Colgate, Grupo Tecnoset, BIC, Suzano e MVB,
que renovaram suas parcerias. E nesta edição contou ainda com novos
patrocinadores: Paper Excellence, Faber-Castell, Skeelo, Sylvamo, CCR,
Open Text, Micro Focus, Grupo Syn, Shopping Cidade São Paulo e o CAF
(Banco da América Latina e Caribe),que se juntaram à Bienal do Livro de
SP pela primeira vez.
BALANÇO EXPOSITORES
Rocco
A
Bienal de São Paulo superou as nossas expectativas, com as vendas
crescendo 87% em faturamento, se comparadas à edição da Bienal de 2022.
Esta foi a melhor performance da editora Rocco em uma edição da feira.
Nas vendas, os maiores destaques foram os livros de romantasia, ficção
coreana (tema do estande) e romances de esportes. Mais uma vez, a ficção
voltada para o público jovem, especialmente o feminino, foi a tônica
das vendas da editora nessa Bienal. Entre os mais vendidos, 90% dos
livros foram escritos por autoras.
“A
Bienal de São Paulo já tinha dado um salto em 2022 e o excelente
resultado de vendas e visibilidade para a Rocco este ano mostram que o
evento, efetivamente, mudou de patamar e que está à altura do potencial
da cidade e do Estado de São Paulo. Três pontos a destacar que
contribuíram para o sucesso, que foram o ótimo trabalho de divulgação
com influenciadores, a maior visitação escolar e o Distrito Anhembi
renovado e bem mais confortável”, pontuou o diretor comercial e de
marketing da Rocco, Bruno Zolotar.
Edições Sesc
Com
livros nas áreas de teatro, arquitetura, música, literatura negra e
periférica, questões indígenas, além de outros temas, as Edições Sesc
comemoram um aumento de 60% de vendas na 27a Bienal do Livro de São
Paulo.
“A
presença do Sesc com três espaços na Bienal traz respiro e diversidade
com a programação que trouxemos com slams, saraus, apresentações de
teatro e música no nosso estande”, diz Iã Paulo Ribeiro, gerente das
Edições Sesc. “Estamos comemorando mais uma vez a participação do Sesc
como apoiador cultural na Bienal, completando 12 anos de parceria”,
afirma Iã.
VR Editora
“O
evento superou as nossas expectativas e nós tivemos um crescimento bem
importante em relação à Bienal do Livro de São Paulo. Comparado com a
edição anterior, este ano tivemos um crescimento de 30%. A Bienal de
2022 ainda tinha um certo resquício de pandemia, então nesta Bienal, o
público compareceu em peso. No nosso estande de promoções, trouxemos
mais de 10 autores, e a VR está saindo muito feliz e satisfeita desse
evento literário”, revela Marcos Borges, Gerente Comercial e de
Marketing o grupo VR Editora.
Durante
os dez dias de Bienal, o estande da VR recebeu públicos de todas as
idades, escolas, influenciadoras literárias e trouxe à São Paulo o autor
best-seller Jeff Kinney para conhecer os fãs de Diário de um Banana.
Editora Planeta
“Esta
edição da Bienal reforça algumas indicações já demonstradas na edição
anterior da Bienal SP. O público jovem é mais uma vez protagonista, pois
é um grupo muito maior do que frequenta normalmente as livrarias. Cabe a
todos nós, editoras e livrarias, identificar os elementos que fizeram
esse público se sentir mais representado e atendido nessa oportunidade e
conseguir repetir isso ao longo dos meses”, diz Gerson Ramos, diretor
comercial da Editora Planeta.
Editora Mostarda
“Nesta
edição tivemos três livros de destaque. A Coleção de personalidades
indígenas, que retratam a biografias delas e, também, os títulos que
falam das histórias de Conceição Evaristo e de Carolina Maria de Jesus.
Essas publicações favoreceram o crescimento das nossas vendas na feira
deste ano”, diz Pedro Mazette, fundador da Editora Mostarda. “Nossa
última semana na Bienal foi muito produtiva, inspiradora, gratificante. A
troca que pudemos ter com os nossos clientes, os quais enxergam que a
editora Mostarda promove a diversidade e a inclusão. Tudo isso é super
estimulante”, comenta.
Intrínseca
A
Intrínseca apostou no público leitor paulistano ao oferecer um espaço
60% maior nesta Bienal. Percebemos que o público e as vendas nos dias de
semana aumentaram significativamente. O nosso faturamento aumentou 75%
em relação à Bienal SP 2022. Se comparado à Bienal anterior, a
Intrínseca teve um faturamento 27% maior.
"É
muito gratificante ver que um evento tão bonito como a Bienal só cresce
a cada ano. O interesse crescente pela leitura é um marco muito
significativo. Além disso, é importante frisar que quando a gente fala
de crescimento de espaço e de vendas nós também estamos falando de mais
pessoas lendo, e esse é o principal propósito do nosso trabalho.",
afirma Vanessa Oliveira, gerente de marketing da Intrínseca.
A
Intrínseca apostou na pluralidade de visões de mundo ao trazer pela
primeira vez no Brasil Haykey Kiyoko, conhecida como Lesbian Jesus entre
seus fãs, que chacoalharam a Arena Cultural, e a sul-coreana Hwang
Bo-reum que encantou o público ao falar do seu reconfortante livro
ambientado em uma livraria e sua cultura tão diferente da nossa.
Literare
Pela
segunda vez como expositora na Bienal do Livro, a Literare Books
International trouxe 400 títulos e vendeu, em média, 1000 exemplares por
dia - cerca de 115% acima do esperado, em comparação a Bienal de 2022.
Os títulos que tiveram destaque de vendas foram "Loucura, não.
Coragem!", de Nelson Wilians e o romance fake dating "Se não fosse por
você", de Laura Amorim. "A receptividade dos nossos títulos nesta Bienal
foi incrível, superando em muito nossas expectativas. Comparado à
edição passada, tivemos um aumento expressivo nas vendas e na quantidade
de público interessado em nossas obras", declarou Alessandra Ksenhuck,
presidente da editora.
PANINI
“Tivemos
uma Bienal ótima, com grande destaque para nossos lançamentos. Entre
eles, a Graphic MSP: Marina - Expressão, o Blind Pack do Chico Bento e o
Blind Pack Disney em comemoração aos 90 anos do Pato Donald. Também
apresentamos títulos como X-Men 2099 e Jovens Titãs com as capas
variantes do Gabriel Picolo, além da edição especial Magali 60 Anos e as
capas para colorir da Turma da Mônica. Foi uma oportunidade incrível de
aproximar ainda mais os leitores desses lançamentos tão esperados”,
afirmou Martina Limoni, Diretora de Marketing e Publicações da editora
Panini.
Ciranda Cultural
“A
Bienal foi um sentimento positivo. Tivemos um faturamento de 50%
superior ao que a gente teve na edição de 2022. A gente costuma falar
que cada edição da Bienal é uma edição única, mas essa é bem única para a
gente também. Foi uma edição em que aproveitamos para lançar dois selos
novos: TREND e o MOOD, que vem o lançamento de dois livros. Um deles
para os fãs da cantora Taylor Swift, que estão tendo uma boa atração no
stand. Nesta edição apostamos muito na presença de autores do nosso
stand, das coleções do material da Ciranda. Recebemos o autor Vasco
Carrasco que lançou um livro no nosso stand. Acreditamos que aquilo que a
gente preparou, de coração, o público que veio à Bienal recebeu também
de bom coração.”, Jonathan Abel, gerente de eventos da Ciranda Cultural.
Livraria Loyola e Livraria Drummond
“Os
estandes da Livraria Loyola e Drummod Livraria ficaram sempre super
cheios e as vendas foram excelentes, 70% maiores que a Bienal de 2022.
excelentes... Vendas 70% maiores que a Bienal de 2022.bO que nos chamou a
atenção foi novamente o grande número de adolescentes, jovens e adultos
jovens buscando livros, e mais, muitos saindo com pilhas de livros.
A
Bienal do livro de São Paulo, apesar das filas, é uma atração
turística, e turismo cultural, na veia, na cidade de São Paulo. Como
dizem alguns clientes que visitam nossos estandes, uma pena que está
terminando, poderia ter mais dias. Sucesso total, diz Vitor Tavares.
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Contatos com a Imprensa – 27ª Bienal Internacional do Livro de SP
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