Após
uma agente de saúde denunciar ter sido estuprada durante uma consulta
médica em Itabuna, no sul da Bahia, o número de denúncias registradas
contra o mesmo profissional subiu para seis. O caso aconteceu na
terça-feira (9) e foi registrado na Delegacia Especializada de
Atendimento à Mulher (Deam) da cidade no mesmo dia. Na terça-feira,
Romilda Jesus da Silva contou que teve uma consulta com o médico Antônio
Mangabeira na clínica Oncosul. Durante o atendimento, ela afirma que
teve os seios e a parte íntima tocados, além de ter sido beijada pelo
profissional. Quando o caso foi denunciado na terça-feira, já havia
outras três queixas de importunação sexual contra o mesmo médico. Todas
elas foram registradas na Deam de Itabuna no segundo semestre de 2023.
Após a denúncia da agente de saúde, outros dois casos foram
registrados, ambos relacionados a importunação sexual. Dessa forma, até
esta sexta-feira (12), existem seis denúncias contra o profissional na
Deam de Itabuna, sendo uma contra estupro e cinco contra importunação
sexual. Em nota, a defesa do médico informou que provas que demonstram a
inocência do profissional já foram apresentadas à polícia. A família do
suspeito também se pronunciou contra as denúncias. A clínica Oncosul,
onde a agente de saúde afirmou que foi abusada sexualmente, informou,
por meio de nota, "que repudia veementemente qualquer forma de assédio e
colabora integralmente com as autoridades competentes para a
investigação dos fatos". De acordo com Evy Paternostro, coordenador
regional da Polícia Civil, as imagens das câmeras de segurança da
clínica foram apreendidas e serão analisadas. "Na parte do consultório,
não há registro gravado de imagens, mas essas filmagens dos momentos de
entrada e saída da vítima [na clínica] serão analisados", explicou.
Segundo ele, os seis casos serão analisados por um mesmo delegado e o
inquérito deverá ser concluído em 30 dias. Além da Polícia Civil, o
Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) informou que
tomou conhecimento do caso através da imprensa e das redes sociais e
abriu uma sindicância ex-officio para investigar as denúncias.
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