sábado, 20 de julho de 2024

Informalidade cai no mercado de produtos de limpeza profissional

 


De acordo com levantamento da ABIPLA, apenas 2% dos compradores corporativos (uso empresarial) usam apenas produtos clandestinos em seus processos de limpeza.

O mercado de produtos de limpeza destinados ao uso profissional observou uma ligeira redução da informalidade nos últimos anos, de acordo com pesquisa encomendada pela ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso de Doméstico e de Uso Profissional e realizada pela Mosaiclab. O estudo aponta que a informalidade no setor profissional está em 17%, um ponto percentual a menos que o registrado na pesquisa de 2021. Do total de empresas consultadas, 83% utilizam apenas o canal formal, enquanto 15% compram de canais formais e informais e apenas 2% utilizam somente canais informais.


“Os números são positivos para a saúde pública e demonstram que, embora 15% das empresas mesclem os canais formais e informais como fornecedores de saneantes, apenas 2% operam na informalidade absoluta, o que significa que, potencialmente, temos um mercado em que 98% do público corporativo adquire produtos de limpeza regularizados pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária”, diz Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLA.


Outro ponto positivo, destacado por Engler e revelado pelo estudo, é que, para tarefas voltadas à desinfecção, a compra de produtos formais é predominante. “Alvejante com cloro, álcool de limpeza e desinfetante, por exemplo, são segmentos em que, potencialmente, 98% dos produtos são formais. Isso é importante para o controle de patógenos em diversas situações, desde a higienização de locais de preparo de alimentos até para empresas voltadas a serviços médico-hospitalares”, analisa o diretor-executivo da ABIPLA.


Misturas de limpeza perigosas


Como a pesquisa leva em conta empresas de diversos tamanhos e segmentos, um ponto preocupante, no entanto, é a mistura de produtos de limpeza na realização da limpeza dos ambientes corporativos. Os índices de empresas que assumem a realização de misturas de produtos de limpeza variam de 19% a 29% dos respondentes. Não por acaso, a intoxicação por saneantes ou por suas misturas varia entre 24% e 35%.


“Isso é mais uma prova de que não devemos, em nenhuma hipótese, misturar produtos de limpeza por conta própria. Além de ser, comprovadamente, perigoso, devido à alta probabilidade de intoxicação e acidentes, corremos o risco de anular os efeitos benéficos do produto misturado, fazendo com que eles percam a capacidade de desinfecção ou de desengordurar superfícies, por exemplo”, diz o diretor-executivo da ABIPLA.


Informalidade no setor doméstico também cai


A pesquisa encomendada pela ABIPLA também analisou o mercado de saneantes de uso doméstico. De acordo com o levantamento, o índice era de 22% há três anos e, hoje, está em 11%. No entanto, o mercado clandestino ainda movimenta cerca de R$ 3,5 bilhões. Leia o release completo sobre a informalidade do setor doméstico.

Sobre a ABIPLA

Fundada em 1976, a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA) representa os fabricantes de sabões, detergentes, desengordurantes, produtos de limpeza, polimento e inseticidas domissanitários, promovendo discussões sobre competitividade, inovação, saúde pública, marcos regulatórios e consumo sustentável. O setor movimenta R$ 32 bilhões anuais e responde por cerca de 92 mil empregos diretos.


Perfil do porta-voz


Paulo Engler é formado em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Mestre em Direito Tributário pela PUC-SP. Ocupou cargos de direção em multinacionais e em associações setoriais de grande porte. Atualmente, é diretor-executivo da ABIPLA.



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