O
mercado de produtos de limpeza destinados ao uso profissional observou
uma ligeira redução da informalidade nos últimos anos, de acordo com
pesquisa encomendada pela ABIPLA – Associação Brasileira das
Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso de
Doméstico e de Uso Profissional e realizada pela Mosaiclab. O
estudo aponta que a informalidade no setor profissional está em 17%, um
ponto percentual a menos que o registrado na pesquisa de 2021. Do total
de empresas consultadas, 83% utilizam apenas o canal formal, enquanto
15% compram de canais formais e informais e apenas 2% utilizam somente
canais informais.
“Os
números são positivos para a saúde pública e demonstram que, embora 15%
das empresas mesclem os canais formais e informais como fornecedores de
saneantes, apenas 2% operam na informalidade absoluta, o que significa
que, potencialmente, temos um mercado em que 98% do público corporativo
adquire produtos de limpeza regularizados pela ANVISA – Agência Nacional
de Vigilância Sanitária”, diz Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLA.
Outro
ponto positivo, destacado por Engler e revelado pelo estudo, é que,
para tarefas voltadas à desinfecção, a compra de produtos formais é
predominante. “Alvejante com cloro, álcool de limpeza e
desinfetante, por exemplo, são segmentos em que, potencialmente, 98% dos
produtos são formais. Isso é importante para o controle de patógenos em
diversas situações, desde a higienização de locais de preparo de
alimentos até para empresas voltadas a serviços médico-hospitalares”, analisa o diretor-executivo da ABIPLA.
Misturas de limpeza perigosas
Como
a pesquisa leva em conta empresas de diversos tamanhos e segmentos, um
ponto preocupante, no entanto, é a mistura de produtos de limpeza na
realização da limpeza dos ambientes corporativos. Os índices de empresas
que assumem a realização de misturas de produtos de limpeza variam de
19% a 29% dos respondentes. Não por acaso, a intoxicação por saneantes
ou por suas misturas varia entre 24% e 35%.
“Isso
é mais uma prova de que não devemos, em nenhuma hipótese, misturar
produtos de limpeza por conta própria. Além de ser, comprovadamente,
perigoso, devido à alta probabilidade de intoxicação e acidentes,
corremos o risco de anular os efeitos benéficos do produto misturado,
fazendo com que eles percam a capacidade de desinfecção ou de
desengordurar superfícies, por exemplo”, diz o diretor-executivo da ABIPLA.
Informalidade no setor doméstico também cai
A
pesquisa encomendada pela ABIPLA também analisou o mercado de saneantes
de uso doméstico. De acordo com o levantamento, o índice era de 22% há
três anos e, hoje, está em 11%. No entanto, o mercado clandestino ainda
movimenta cerca de R$ 3,5 bilhões. Leia o release completo sobre a informalidade do setor doméstico.
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