O governo finalmente parece estar aceitando os sinais que o mercado estava transmitindo.
No
início da noite de ontem, já tivemos mudanças significativas na forma
de comunicação. Expressada pela fala de Haddad, onde Lula reforçou o
apoio total ao arcabouço fiscal, reiterando que suas regras ficarão
vigentes durante 2024, 2025 e 2026, ou seja, até o final de seu mandato.
Além
disso, Haddad também anunciou a expectativa da Fazenda para entregar um
corte de mais R$ 25 bilhões em despesas obrigatórias para o próximo
ano, algo que o mercado vinha reiterando ser necessário.
Essas
ações ajudam a recuperar a confiança do mercado na condução da política
econômica. Alinhado com uma nova comunicação por parte do presidente,
que ajude a diminuir os ruídos, deve ajudar os mercados a se
estabilizarem.
As mudanças já devem ser incorporadas ao PLOA 2025, a ser enviado até 31 de agosto.
Essa
sutil mudança de comunicação e a indicação do governo em estar disposto
a cumprir as regras fiscais já foram suficientes para derrubar toda a
curva de juros futura e o dólar, que saiu de R$ 5,70, sua máxima
atingida na terça-feira, para menos de R$ 5,50 hoje. É possível que
esses movimentos de melhora do mercado continuem.
Agora, o mercado fica na expectativa de um possível anúncio antecipado do próximo presidente do Banco Central. O nome de Galipolo, que já é aceito pelo mercado, ajudaria a diminuir ainda mais as incertezas futuras e melhorar ainda mais o ambiente entre governo e mercado.
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