domingo, 7 de julho de 2024

Análise especialista Fipecafi: o que esperar da próxima reunião do COPOM?

 


Análise do especialista em Estratégias Financeiras, Finanças Corporativas e Mercado Financeiro da Fipecafi, Hudson Bessa

Na reunião de maio, o COPOM votou dividido com cinco votos por uma redução de 0,25% na taxa Selic contra quatro votos a favor de uma queda de 0,5%. A ação causou apreensão, contudo, a composição já que todos os indicados pelo atual Governo votaram por uma redução maior. Ruído inevitável, haja vista a mudança na presidência do BC para o próximo ano.

Desde então, a cenário econômico vem apresentando progressiva deterioração. Neste período o Ibovespa (entre 08/05 e 13/06) caiu 7,6%, o dólar subiu 6,1% e as taxas do Tesouro IPCA 2035 saltaram de 6,17% a.a para 6,39% a.a.


A justificar este quadro encontramos dois fatores básicos. Por um lado, o Governo vem emitindo sinais renovados de que não considera o equilíbrio fiscal como uma condição básica para a condução da política econômica e persiste na sua aposta de aumento de receitas, sem sinais claros de disposição para cortar gastos. O que foi explicitado pelo Presidente em discurso na Suíça quando disse que “o crescimento econômico e a redução dos juros” resolveriam a questão do equilíbrio.


De outro ponto de observação, a falta de coordenação do Governo junto ao Congresso e as sucessivas derrotas criaram uma sombra de dúvidas sobre sua capacidade em conduzir uma pauta crível. Aqui vale lembrar que a Reforma Tributária ainda está por ser regulamentada.


Reforçando este cenário de adversidade, a manutenção da Taxa de Juros americanas nos atuais patamares cria um piso natural para redução da taxa básica de juros brasileira.


Em meio a este ambiente, o relatório Focus indica que as expectativas de inflação, desde a última reunião, subiram para 3,9% contra 3,72% e a Selic no final do ano já alcança 10,25 contra 9,63%.


O quadro não é animador, tanto que maioria das apostas é de que o COPOM decida pela manutenção da taxa em 10,50% a.a. Na verdade, a dúvida hoje paira sobre o placar da decisão já que uma divisão dos votos tem o poder de causar mais ruído do que há um mês.


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