Rede Kino realizou ampla consulta pública a sociedade civil que resultou em quatro grupos temáticos
De
19 a 23 de junho, parte da programação da 19ª Mostra de Cinema de Ouro
Preto (CineOP) ocorreu o Encontro de Cinema e Educação, realizado em
conjunto com a Rede Kino - Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e
Audiovisual. Na ocasião, o eixo temático residia em traçar um histórico
da lei 13006, do seu processo de sanção em 2014 e a falta de
regulamentação passados 10 anos.
A
Rede Kino realizou ampla consulta pública à sociedade civil,
previamente ao encontro, consolidou os dados e dividiu os debates em
quatro grupos temáticos, a saber: formação docente, condições de
produção e exibição, acervos e curadorias e pedagogias.
O
Diretor de Formação e Inovação esteve ativamente acompanhando os
debates e espaços de escuta que contou com professores dos distintos
níveis de ensino, pesquisadores, técnicos pedagógicos e secretários de
educação de distintas regiões do país. Rodrigo participou três mesas com
diferentes agentes do governo e do campo educacional, a saber: A
importância de um plano nacional de cinema e educação; A relação entre
comunicação, educação e direitos humanos, bem como foi debatedor
convidado da mesa de Apresentação da Proposta do Plano de Cinema nas
Escolas, que apresentou ao público o acúmulo das discussões nos grupos
de trabalho e os temas prioritários definidos em cada GT.
Em
sua participação, Rodrigo destacou aos presentes a importância da
participação social e escuta ativa como diretriz-chave das políticas do
Ministério da Cultura. Defendeu que a proteção e promoção da democracia
se constituem quando a sociedade civil se vê parte das tomadas de
decisões em favor de políticas públicas permanentes, inclusivas e que
levem em conta os desafios regionais e desigualdades estruturantes do
país, que só podem ser enfrentadas numa ação protagônica dos agentes
sociais em conjunto com o Estado Brasileiro.
Rodrigo
reforçou que é a primeira vez na estruturação da Secretaria do
Audiovisual que há uma diretoria de formação, eixo do ecossistema do
audiovisual com desafios transversais, da formação técnica à revisão
curricular do ensino superior, e da necessidade de reconhecimento das
políticas afirmativas na educação e sua incidência no campo da cultura,
em específico, do audiovisual. “Pensar o cinema nas escolas é defender
uma coexistência de telas na qual, partimos do reconhecimento da
necessidade de fortalecimento de uma economia criativa do audiovisual,
mas, antes de tudo, olhamos para a transversalidade desse setor, no
qual, no atual contexto, só construiremos políticas efetivas se
reconhecermos as diferentes formas de produção e consumo audiovisual,
bem como a pluralidade de seus agentes; precisamos regulamentar a lei
pensando não só na difusão do cinema brasileiro, mas trabalhar em
conjunto com o MEC em defesa da produção escolar”, afirma.
A
participação da SAV na 19ª CineOP demonstra um compromisso renovado com
a promoção do cinema como ferramenta educacional e com a salvaguarda do
patrimônio audiovisual, reforçando a importância de um diálogo contínuo
entre formação e difusão para a construção de um futuro onde o cinema
esteja plenamente integrado ao cotidiano escolar brasileiro para além do
seu uso como ferramenta pedagógica.
Outras informações
Nathalia Neves
(61) 98354-4841
imprensa.minc@cultura.gov.br
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