sexta-feira, 17 de maio de 2024

Sem vínculo ao salário mínimo e com revisão na aposentaria rural, Brasil pode economizar R$ 110 bi com Previdência em 2035, avalia CLP

 


A desvinculação do piso da Previdência ao salário mínimo, combinada com reformas na aposentadoria rural, pode gerar uma economia robusta para o orçamento do governo federal. Essa é a conclusão do mais recente estudo do Centro de Liderança Pública (CLP). A organização avalia que as medidas, somente em 2035, vão poupar aos cofres públicos aproximadamente R$ 110 bilhões, o equivalente a quase 1% do Produto Interno Bruto (PIB).
 

“Tal economia surge em um momento crucial, dado o rápido envelhecimento da população brasileira e o consequente aumento na demanda por benefícios previdenciários. A desvinculação permite ajustes mais flexíveis do piso previdenciário, alinhando-o mais diretamente com as realidades fiscais e demográficas do país, ao passo que as reformas na aposentadoria rural visam corrigir distorções de longa data que desafiam a sustentabilidade financeira do sistema”, avaliou.
 

De acordo com a organização, uma economia de 1% do PIB em gastos com previdência e Benefício de Prestação Continuada (BPC) não só aliviaria o déficit fiscal do Brasil, mas também liberaria recursos significativos que poderiam ser redirecionados para outras áreas críticas como saúde, educação, e infraestrutura ou até mesmo para a redução da carga tributária”, traz a nota.
 

A nota técnica ainda pontua outras sugestões. Uma delas é que, além do regime rural, também sejam feitas mudanças no modelo urbano. Juntos, esses regimes de aposentaria representam uma parcela significativa do PIB (7,7%), englobando a maior parte dos beneficiários de aposentadorias e pensões no país.
 

O CLP avalia que as mudanças sugeridas poderiam melhorar a percepção de risco do país por parte de investidores e agências de rating, contribuindo para um ambiente econômico mais estável e propício ao crescimento. As alterações poderiam ainda fornecer ao governo maior flexibilidade para ajustar os benefícios de acordo com as condições econômicas e demográficas, sem comprometer a proteção social aos mais vulneráveis.
 

Situação atual
O estudo identificou que há uma tendência de envelhecimento mais acelerado que o previsto, o que indica que o país está caminhando em direção a uma população com maior proporção de idosos. "O fato de as faixas mais jovens terem diminuído mais do que o esperado e as mais idosas terem crescido além das previsões destaca um desafio demográfico significativo. Isso sugere uma possível pressão futura sobre os sistemas de saúde, previdência e assistência social", exemplificou a nota.
 

O Brasil, em 2023, demonstrou um quadro de gastos elevados relacionados a aposentadorias e pensões, que somaram cerca de 1,1 trilhão de reais, equivalente a aproximadamente 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Esse montante representa um terço da arrecadação pública total.
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GBR Comunicação
Larissa Lima
larissa.lima@gbr.com.br




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