Nesta
quarta-feira (29/5), o presidente Lula sinalizou pela retirada de
Frederico Meyer como embaixador do Brasil em Israel. No decreto
publicado, o governo não indicou nenhum substituto para o cargo,
apontando para a sua extinção.
Para
Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo
(Fisesp), a decisão do presidente Lula, sem indicar um nome para o
cargo, revela uma falta de sensibilidade em relação ao contexto delicado
vivenciado na região. “Em vez de se abrir para o diálogo e entender,
por exemplo, o drama dos reféns sequestrados, vítimas das mais trágicas
torturas que o ser humano possa imaginar, o presidente mais uma vez
estica a corda, complicando ainda mais as relações diplomáticas entre os
países e ignorando a necessidade de uma representação ativa e empática
em Israel”.
O
presidente da Fisesp expressa pesar pelos sinais de enfraquecimento de
uma longa história de cooperação entre os dois países, iniciada em 1947
com a aprovação da partilha da Palestina pela ONU. “Esta decisão
publicada hoje ocorre menos de uma semana após a confirmação da morte do
brasileiro Michel Nisenbaum, assassinado pelas mãos do Hamas em 7/10.
Com esta nova resolução, o Brasil perde a oportunidade de atuar como um
importante mediador da paz no Oriente Médio, um papel em que o país já
possui uma tradição consolidada”.
A Fisesp segue acompanhando de perto os impactos dessa decisão.
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