JORNAL A REGIÃO
Nesta quinta-feira, a Polícia Federal cumpriu 13 mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Teatro Mambembe, que investiga crimes de fraude e desvio de dinheiro em contratos da Prefeitura de Ilhéus. As buscas foram feitas em endereços de Ilhéus, Itabuna e Salvador.
Na capital, um dos alvos da operação teve apreendidos 12.750 dólares, equivalente a mais de R$ 66.810. Segundo a Polícia Federal, houve direcionamento para favorecer uma empresa que venceu licitação em Ilhéus. A empresa, que não teve o nome divulgado, presta serviços ao município desde 2019.
Seus contratos com a Prefeitura somam mais de R$ 50 milhões. Em Ilhéus, agentes fizeram buscas no prédio das secretarias municipais, em endereços ligados ao vereador Luciano Luna (Avante) e do secretário de Infraestrutura, Átila Dócio. Até o fechamento da edição, nenhum dos dois tinha se pronunciado.
Conforme a PF, a empresa contratada terceirizou, ilegalmente, parte dos serviços para pessoas ligadas a membros da Câmara e da Prefeitura. A terceirização informal resultou em prejuízo à qualidade das intervenções em prédios públicos e alugados. O nome da operação remete a caráter precário dos serviços.
A PF entrou no circuito porque o contrato envolveu recursos federais. A Prefeitura soltou uma nota no finald a tarde atacando a investigação e dizendo que a intenção da operação "é mais a de causar espetacularização e exposição indevida de pessoas, do que propriamente esclarecer os fatos".
Os investigados são suspeitos dos crimes de frustação do caráter competitivo da licitação, fraude em licitação ou contrato, corrupção passiva, estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa. Os agentes também apreenderam documentos e celulares.
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