O
ano de 2024 deverá ser um período de consolidação da educação
corporativa, porque, diferentemente de algumas áreas em que ainda tem
sido difícil fazer previsões, no quesito do treinamento à distância, o
cenário está posto com maior clareza, posicionado não apenas para
prosperar, mas também para consolidar a posição do Brasil como uma
referência global nesse dinâmico mercado.
Alceu
Costa Junior, CEO e fundador do Grupo Take 5, acredita que os desafios
enfrentados no período da pandemia e logo após fizeram com que as
variantes do "à distância" (trabalho à distância, saúde à distância,
educação à distância etc.) tivessem suas importâncias devidamente
reconhecidas. Agora, é fazer os ajustes finos necessários para balancear
a dosagem das coisas, garantindo a não saturação de cada uma delas.
Na
tentativa de fazer com que esse impulso seja honrado com as melhores
soluções possíveis, o principal desafio é aprimorar a famosa "experiência do usuário". Para essa tarefa, Alceu destaca algumas linhas de ação que devem ditar as tendências do que deve permear o mercado de Educação Corporativa em 2024.
A primeira é a incorporação paulatina dos recursos de Inteligência Artificial nas
ferramentas de educação corporativa. “Isso deve acontecer, apesar da
clara empolgação que existe e ainda está dominando a correria dos
negócios que cunham seus desenvolvimentos na euforia de serem os
primeiros. Numa via paralela, empresas de todos os setores que buscam
resultados de longa duração estão trabalhando com um pouco mais de
cautela, gestando soluções e serviços que vão, de fato, ser relevantes a
ponto de trazer ganhos sensíveis e perenes para a experiência dos
usuários do segmento de educação corporativa”, diz.
Ainda de carona na melhoria da experiência do usuário, uma outra tendência que deve prevalecer nas grandes corporações é a concentração de investimentos em soluções de educação corporativa do tipo "TurnKey",
ou seja, providas por empresas que atuam com soluções integradas para o
aprendizado corporativo. Segundo o executivo, o motivo é simples: elas
são capazes de entregar não apenas uma plataforma ou serviço, mas um
pacote completo de soluções que engloba desde a migração/implantação da
nova plataforma, criação dos conteúdos customizados, ações de
engajamento, projetos de gamificação, dashboards de resultados
gerenciais (Business Intelligence) e tudo mais que for necessário para o
sucesso de um projeto neste setor.
Por último, a expectativa para este ano é ver uma preferência maior para plataformas LMS especializadas em nichos (LMS
é a sigla para "Learning Management System", ou Sistema de Gestão da
Aprendizagem, em português), com soluções personalizadas para reduzir a
curva de aprendizado dos usuários. Interfaces cada vez mais intuitivas e
UX ("User Experience") refinada para estimular a absorção dos conteúdos
e gerar resultados mais positivos também tendem a ser o centro das
atenções. Alceu defende que, no final do dia, alcançar resultados é o
que mais importa. “A preocupação em criar dashboards de dados e
relatórios igualmente intuitivos (e abastecidos com dados confiáveis, é
claro) é outro tópico que tende a dominar o setor e atrair grande parte
dos investimentos, dado o fato de os profissionais já terem percebido a
sua importância para transformar um projeto num "Best Case", demonstrar o
ROI e garantir a sua longevidade”, esclarece.
Em
suma, a consolidação da educação corporativa desponta como uma
realidade palpável. O cenário, delineado com clareza, antevê uma
evolução auspiciosa no próximo ano, sendo que o foco na excelência da
experiência do usuário não apenas promete inovação, mas garante
resultados duradouros.
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