sábado, 30 de dezembro de 2023

Quando é necessário operar as amígdalas?


A amigdalite é uma doença infecciosa que atinge as amígdalas – dois órgãos que ficam no fundo da garganta e que são responsáveis por defender o organismo, sendo a primeira barreira contra microorganismos.

A amigdalite pode ser causada por vírus (mais frequentes nas crianças), por bactérias (com maior incidência em jovens e adultos) ou pela associação dos dois agentes. A maioria das infecções de amígdalas são de causa viral, por isso é tão importante um acompanhamento com especialista para evitar o uso indiscriminado de antibióticos e até uma cirurgia.

Porém, há situações em que a indicação cirúrgica prevalece. Segundo a otorrinolaringologista Renata Moura, as principais causas são:

1. Amigdalite bacteriana de repetição ou amigdalite bacteriana crônica: normalmente a cirurgia é indicada quando o indivíduo apresenta 5 ou mais infecções em 1 ano, ou 8 ou mais em 2 anos, ou ainda 9 ou mais em 3 anos.

2. ⁠Abscesso periamigdaliano: este quadro costuma ser uma complicação da amigdalite e basta tê-lo uma vez para receber a indicação cirúrgica. Apesar do abscesso acometer uma amígdala apenas, a indicação cirúrgica é sempre para as duas.

3. ⁠Amígdalas aumentadas ou hipertróficas: em alguns casos, as amígdalas são grandes ao ponto de causar uma obstrução na garganta que pode levar a roncos, apneia e até engasgos com determinados alimentos.

4. ⁠Amigdalite caseosa: neste caso, são as amígdalas que acumulam cáseos (restos de alimentos) em suas criptas, que causam incômodo, gosto amargo na garganta e mau hálito. Geralmente a decisão cirúrgica, nesta situação, parte do paciente, já que não há riscos importantes para a saúde física, apenas o receio de ser constrangido por conta da halitose.

5. ⁠Síndrome de PFAPA: sigla para Febre Periódica, Estomatite Aftosa, Faringite e Adenite cervical, essa síndrome é um quadro menos conhecido em que ocorre febre, aftas, dor de garganta e aumento dos gânglios. A causa ainda é desconhecida, mas, quando é persistente, também pode haver tratamento cirúrgico.

Para falar sobre o tema, eu indico Dra. Renata Moura Barizon, otorrinolaringologista há 14 anos pela UNIRIO. Atuou por 14 anos como plantonista em clínica de emergência otorrinolaringológica e atualmente é Coordenadora de Otorrinolaringologia da Associação Médica Fluminense.

Contato para imprensa:

Lilian Lopes

21 99207-2949

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