Estabilização
de preços na cadeia produtiva tem relação com a melhora na produção
nacional de saneantes, tanto para uso doméstico quanto profissional.
Segundo dados da ABIPLA, no acumulado do ano, até outubro, a inflação dos produtos de limpeza ao consumidor foi quase a metade do índice geral do INPC.
Conforme levantamento realizado pela ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional, com base na PIM – Pesquisa Industrial Mensal, a fabricação de produtos de limpeza, no Brasil, encerrou o 3º trimestre com alta de 5,2%.
Segundo a entidade, a melhora na produção tem relação com a estabilização de preços na cadeia produtiva de produtos de limpeza. Nos últimos três anos, o setor foi impactado por altas seguidas nos valores de insumos importados, além de aumentos em combustíveis e energia, o que acabou refletindo no preço ao consumidor final.
Em 2023, no entanto, a inflação da categoria “Artigos de limpeza”,
medida pelo INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, aponta que,
até outubro, a inflação do setor foi quase a metade do índice geral:
1,66% (setorial) contra 3,04% (geral).
Alguns dos itens da cesta de produtos de limpeza, por sinal, chegaram a apresentar deflação no ano, caso do sabão em barra (-2,39%) e esponja de limpeza (-1,05). Além disso, diversos itens apresentaram estabilidade de preços, como a água sanitária (+0,26%) e o detergente (+0,47%). “A
estabilização e até a queda nos preços destes produtos são importantes
para a saúde pública, já que são itens utilizados no dia a dia dos
brasileiros para a higienização de itens como louças, roupas e ambientes
em geral, tanto domésticos quanto profissionais”, analisa Paulo Enger, diretor-executivo da ABIPLA.
Com
a recuperação da produção, que reflete a demanda do varejo, a entidade
mantém a expectativa de crescimento de 2% em 2023, após registrar
retração de 5,7% no ano passado. “O impacto do aumento dos custos de
produção foi forte para o setor, nos últimos anos, e isso acabou
influenciando a produção do ano passado. No entanto, não identificamos
redução de demanda, de procura pelo consumidor, o que significa que a
higienização e sanitização de ambientes passou a estar cada vez mais
incorporadas na cultura do brasileiro”, explica Engler.
Geração de Empregos no Setor
O
diretor-executivo da ABIPLA destaca que a melhora setorial é benéfica
para a economia brasileira, já que, desde 2020, quando começou a
pandemia, a indústria de saneantes encerrou todos os anos com saldo
positivo no CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. “Hoje,
o setor gera cerca de 92 mil empregos diretos e, mesmo com a oscilação
da economia e a queda da produção setorial, registrada em 2022, o saldo
de empregos tem sido positivo desde 2020, tanto por contratações das
fábricas existentes como em função das novas plantas fabris, inauguradas
no período”, diz.
Saúde pública
No
mês em que a ABIPLA completa 47 anos (fundada em novembro de 1976), a
entidade reforça suas campanhas e materiais gratuitos de saúde pública,
como o Guia de Produtos de Limpeza, a campanha sobre os perigos das misturas caseiras de produtos de limpeza e a cartilha para limpeza pós-enchentes. “São
diversos materiais gratuitos disponíveis à sociedade e que são
importantes para que as pessoas fiquem atentas a ações que parecem
inofensivas, como as misturas caseiras de limpeza, mas que podem
provocar queimaduras e intoxicações. Destaco também nossa cartilha
pós-enchentes, que dá dicas e instruções sobre a maneira correta de
lidar com a limpeza dos locais após possíveis alagamentos e enchentes, e
o Guia de Produtos de Limpeza, que orienta sobre manipulação, uso e
traz explicações sobre os principais tipos de produtos saneantes”, conclui Paulo Engler.
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