terça-feira, 3 de outubro de 2023

Registros de trombose venosa são beneficiados por emenda parlamentar

Registros de trombose venosa

são beneficiados por emenda parlamentar

Iniciativa destinará R$ 2 milhões às pesquisas do

Centro de Doenças Tromboembólicas (CDT)

do Hemocentro da Unicamp.

Anúncio de emenda parlamentar foi feito pelo deputado Edmir Chedid (segundo a partir da esquerda) à Dra. Joyce Annichino (presidente da SBTH), na presença do Prof. Dr. Fernando Costa (ex-coordenador Hemocentro), Prof. Dr. Erich de Paula (vice diretor FCM), Dr. Cyrillo Cavalheiro Filho (presidente emérito da SBTH), Fernanda Penatti (diretora do Departamento Regional de Saúde), Marina de Oliveira (Secretária de Saúde de Bragança Paulista), médicos especialistas e a equipe do CDT. (créditos: divulgação)

Com apenas um ano de existência e já considerado uma importante referência na sistematização de registros dos casos de trombose venosa no Brasil, o Centro de Doenças Tromboembólicas (CDT) doHemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vai contar com recursos da ordem de R$ 2 milhões, decorrente de uma emenda parlamentar ao orçamento estadual, de iniciativa do deputado Edmir Chedid. Segundo o deputado, o valor destinado é “importante para ajudar o Hemocentro a manter e avançar em suas pesquisas em benefício desta população.”

A verba será destinada à aquisição de equipamentos, como laptops usados nos processo de registro e freezers para o Biobanco do Hemocentro da Unicamp, na logística de transporte das amostras dos centros do estado de São Paulo até o Hemocentro e no desenvolvimento de um programa educacional na área de trombose e hemostasia para profissionais da área da saúde e a população geral. “Contar com esses recursos tem uma extrema importância para o conhecimento na área, voltado especificamente para a realidade brasileira, para que nossa população cada vez mais possa ser beneficiada e ter mais acesso à informação, item indispensável para o tratamento efetivo dos casos de trombose”, afirma a médica hematologista Joyce M. Annichino, professora, coordenadora da área clínica e laboratorial de Doenças Tromboembólicas do Hemocentro da Unicamp e presidente da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia – SBTH.

 

O trabalho da equipe do Centro de Doenças Tromboembólicas em estabelecer registros oficiais de trombose venosa, inicialmente em centros do estado de São Paulo, é fundamental para a mais correta implementação de soluções para o diagnóstico e os tratamentos efetivos e mais modernos para os casos de trombose. Pela primeira vez, é feita uma análise científica dos dados coletados, em parceria com a Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, utilizando recursos de inteligência artificial de modo a produzir escores de predição e aplicativos para melhorar o atendimento no SUS. Entre as inúmeras variáveis mapeadas, incluem-se tratamentos, causas e consequências da trombose, inclusive em pacientes com câncer e crianças. A iniciativa de chamar atenção para estas ocorrências é reforçada em dezenas de países pelo Dia Mundial da Trombose (13 de outubro).

 

A trombose venosa é uma doença caracterizada pela formação de trombos (coágulos) nas veias de qualquer parte do corpo, mas principalmente nas veias das pernas, e que pode evoluir para uma embolia pulmonar caso o trombo se movimente pela corrente sanguínea. É a terceira causa de óbito entre as enfermidades cardiovasculares e pode ser evitada na grande maioria dos casos. No Brasil, ainda não existem dados robustos sobre a sua ocorrência na população. Como consequência, as estratégias públicas para mitigação da doença são baseadas em estudos divulgados por outros países, que possuem perfis étnicos e socioeconômicos diferentes do brasileiro.

Com a falta de dados sobre ocorrências de trombose no Brasil, o CDT e a SBTH deram início à implantação do Centro de Doenças Tromboembólicas através do Programa de Centros de Desenvolvimento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que, junto com a Pró-Reitoria de Pesquisa da Unicamp, disponibilizaram um aporte de R$ 4 milhões. Em uma primeira fase de implantação, o CDT conta com uma rede de 13 centros hospitalares de seis municípios do Estado de São Paulo: o Hospital de Clínicas, o Hemocentro e o CAISM – todos da Unicamp; o Hospital da PUC e o Hospital Dr. Domingos Boldrini, em Campinas; o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu; o Hospital de Base da Fundação da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto; o Hospital do Amor de Barretos; o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto; e, na capital paulista, o Hospital Municipal M’Boi Mirim, o Hospital Municipal Vila Santa Catarina e o Hospital Santa Marcelina de Itaquera.

A Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia – SBTH é uma entidade civil sem fins lucrativos que visa a promover a educação continuada e disseminar conhecimento para a redução do tromboembolismo e suas consequências. Fundada em 10 de outubro de 2018 e composta atualmente por mais de 200 médicos, sob o lema “A Vida Deve Fluir”, a SBTH tem como missão investir em educação continuada e pesquisas, chamar atenção para a importância da prevenção e ampliar o acesso a medicamentos e tratamentos para a trombose. Atualmente, a SBTH trabalha para o fomento de políticas governamentais, educacionais e assistenciais através da promoção de pesquisas médicas relacionadas à trombose e doenças hemorrágicas congênitas ou adquiridas. www.sbth.org.br | @sbth.bsth


Mais informações para a Imprensa:

SBTH - Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia

Fernando Sant'Ana

(11) 99951-0456

fernando@fernandosantana.com.br

 

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