Giovanna Nardelli investiu R$ 12 mil em 2018 para abrir a Bela Shop.
Hoje, em pleno projeto de expansão, a marca de second hand brasiliense
prepara-se para inaugurar a primeira filial, em São Paulo
Foi no quarto ao lado de sua suíte que a empresária Giovanna Nardelli, de 32 anos, deu início ao que hoje conhecemos como Bela Shop. A marca brasiliense de second hand nasceu como empresa de aluguel de bolsas de luxo, mas se consolidou ao passar por um rebranding durante
a pandemia. Atualmente operando no modelo de consignação e venda
de acessórios, a etiqueta vai faturar ao menos R$ 3 milhões neste ano e
está prestes a abrir a primeira filial, em São Paulo.
"A ideia de criar uma marca de moda consciente surgiu em Boston, nos Estados Unidos, em 2016. Lá, durante a realização de um master em Marketing, abracei
a economia compartilhada. Só andava de Zip Car, por exemplo. Foi então
que pensei em trazer o conceito para o mercado fashion, minha verdadeira
paixão, assim que retornasse ao Brasil", lembra a fundadora e CEO da Bela Shop.
A
empresa saiu do papel na capital federal, terra-natal de Giovanna, dois
anos mais tarde. A empreendedora era recém-casada. “Abri um pequeno showroom no
segundo quarto do meu apartamento. O espaço era improvisado, mas a
visão de negócio cativou clientes de imediato. Investi na seleção de
peças em ótimo estado e com quê fashionista como o nosso diferencial”,
diz.
A curadoria meticulosa e as estratégias vorazes de vendas do business conquistaram
também três investidores-anjos, entre eles, Milton Camargo, fundador do
evento Capital Empreendedora e executivo da Celcoin. "O mercado de resale cresce no mundo inteiro. As projeções indicam que o setor movimentará US$ 70 milhões em 2024", comenta o investidor da Bela Shop.
Com novos showrooms em São Paulo e em Brasília
(a loja-sede saiu da casa de Giovanna e foi para um prédio comercial
com segurança 24 horas), a marca prospecta dobrar seu faturamento já no
ano que vem. A CEO justifica a escolha da capital paulista: "É em São
Paulo que estão as maiores parceiras e clientes. As melhores bolsas
estão lá”. Grifes como as francesas Chanel e Hermès oferecem as melhores margens de lucro. Por isso, são as mais visadas pela startup.
A segunda loja da Bela Shop funcionará a portas fechadas no Jardins. A inauguração está marcada para 30 de outubro.
Crédito das fotos: Dinho Mendes
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