Por Paulo Sampaio
“Os dados são o novo petróleo”. A frase foi dita por Clive Humby em 2006, porém, foi Michael Palmer quem entendeu que, assim como o petróleo precisa ser refinado e transformado em produtos como gasolina, plástico e produtos químicos, os dados precisam ser transformados em informações para que se tornem uma vantagem competitiva dentro das organizações – impulsionando decisões empresariais mais inteligentes e estratégicas.
Obviamente, essa não é uma tarefa simples, uma vez que esses registros são obtidos de diferentes fontes e em alta quantidade. De acordo com a IBM, o mundo produz cerca de 2,5 quintilhões de dados diariamente e, apenas as empresas têm a capacidade de gerar um grande número de informações, que vão desde as de clientes até métricas de desempenho. Assim, torna-se fundamental investir em ferramentas que auxiliem nesse controle e gestão como, por exemplo, o Data Lake.
O Data Lake é um repositório de dados central de grande escala desenvolvido para armazenar dados estruturados, semiestruturados e não estruturados, ou seja, agrupa uma ampla variedade de dados em seu formato nativo e sem limites de tamanho. A partir dessa centralização, torna-se possível organizá-los de forma escalável, e transformá-los em informações que podem ser analisadas e servir como um verdadeiro guia para os processos de tomadas de decisões e definições de estratégias.
Embora não seja um conceito tão novo, seu uso ganha ainda mais relevância ao considerarmos as projeções futuras. De acordo com a IDC (International Data Corporation), a quantidade de dados gerados no mundo deve alcançar 175 zettabytes até 2025. E considerando que boa parte desse resultado é proveniente das organizações, é fundamental que as empresas tenham um olhar apurado para a governança desses registros.
Por mais que essa seja uma demanda latente, esse ainda continua sendo um desafio a ser sanado no meio corporativo. Afinal, situações como a falta de organização e controle de dados, ausência de monitoramento e auditoria, má administração e qualidade das informações, e a falta de comprometimento e envolvimento da alta gestão, são fatores que contribuem para uma gestão ineficaz dos dados. Reconhecer os dados como ativos fundamentais da organização é essencial para impulsionar a geração de resultados positivos
A informação é o ativo de maior valor para a organização. Desta forma, o Data Lake atua como um importante auxiliador, tendo em vista que atua na concentração dos dados soltos, os transformando em registros rentáveis para a organização que, ao serem obtidos em um único local, facilitam em ganhos de agilidade e eficiência.
Além disso, se, por um lado, falar sobre investimento em tecnologias cause receios quantos aos gastos envolvidos, o Data Lake vai na contramão deste argumento, uma vez que possui um custo mais acessível. Isto é, ele pode ser implementado com sistemas em nuvem, o que diminui majoritariamente os gastos com ativos de TI, além de utilizar uma plataforma flexível, escalável e acessível, proporcionando ganhos significativos em eficiência.
É preciso considerar que cada empresa possui diferentes níveis de maturidade sobre este tema, e a realidade de uma organização não reflete exatamente o vivenciado pela outra. Sendo assim, é importante enfatizar que o Data Lake não se trata da solução de todos os problemas enfrentados, mas sim um grande auxiliador da gestão de dados e transformação de informações valiosas.
O sucesso de sua aplicação depende de um conjunto de fatores que envolve toda a organização, o que torna uma tarefa árdua. Sendo assim, contar com o apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem, é uma importante estratégia. Afinal, o time pode ajudar em todos os aspectos de implementação, bem como a traçar quais indicadores são importantes para serem analisados, compreender as regras do negócio, e ajudar com a governança dos dados – fator primordial, até mesmo, para quem já utiliza a ferramenta.
Em suma, o Data Lake corrobora sua importância no meio corporativo, deixando de ser uma tendência e se tornando uma necessidade. A expectativa é que cada vez mais dados sejam gerados, o que exigirá das organizações ainda mais agilidade e eficiência de administração e gestão desses registros. Sendo assim, investir no uso dessa ferramenta é o primeiro passo para obter êxito nessa jornada.
Diante dos constantes avanços da transformação digital e a chegada de novas tecnologias, é importante também sabermos utilizar a nosso favor aquilo que já temos de mais revolucionário e eficiente nos aspectos de gestão. Até porque, antes de utilizar o que é novo, nada mais justo do que aprimorar aquilo que já é antigo e eficiente.
Paulo Sampaio é delivery manager na delaware Brasil.
Sobre a delaware: A delaware conta com 20 anos de experiência em implementações SAP em diversos setores. Com presença em mais de 19 países e mais de 37 escritórios ao redor do mundo, a empresa conta com mais de 4,6 mil profissionais que atuam na orientação dos clientes, através da transformação de seus negócios, oferecendo soluções end-to-end focadas em criar valor e inovar, incluindo desenvolvimento, inovação e implementação de tecnologias avançadas. Para mais informações, siga a delaware Brasil nas redes sociais: LinkedIn, Instagram e Facebook.
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