Evento com bate-papo e sessão de autógrafos será no próximo domingo, no Teatro Municipal Braz Cubas
Obra das Edições Sesc retrata trajetória do grupo Parlapatões e sua atuação entre o palco e rua no centro da cidade de São Paulo
As Edições Sesc realizam, no próximo domingo (3), o lançamento da obra Parlapatões: no ato. O evento faz parte da programação 65º
Festival Santista de Teatro [FESTA65], o mais antigo festival de artes
cênicas em atividade no Brasil, realizado pelo Movimento Teatral da
Baixada Santista, em parceria com o Sesc Santos e a Prefeitura de
Santos. A obra organizada pelo ator e fotógrafo Cuca Nakasone
capta momentos da trajetória do grupo Parlapatões por meio de imagens
de espetáculos, figurinos e do Espaço Parlapatões que caracterizam a sua
atuação: arte sem fronteiras entre o palco e a rua, no coração da
cidade de São Paulo.
O lançamento ocorre a partir das 18 horas, no Teatro Municipal Braz Cubas.
Cuca Nakasone, juntamente com Aimar Labaki, dramaturgo, diretor,
ensaísta e colaborador da obra, receberão o público para um bate-papo
seguido de sessão de autógrafos. Com
textos de Cuca Nakasone, Aimar Labaki, Carlos Rahal, escritor e
pesquisador, e Hugo Possolo – que, além de ator, é fundador da trupe,
gestor cultural, diretor e dramaturgo – o livro conta um pouco da
história, da estética circense e teatral e, ainda, do engajamento
político do grupo, que faz do humor e do riso instrumentos para a
crítica dos costumes.
“Criado
há pouco mais de trinta anos como Parlapatões, Patifes &
Paspalhões, o grupo tem como tônica a arte de fazer rir e fazer pensar –
mais precisamente, fazer rir por fazer pensar, e vice-versa -, em
teatro de palco e de rua, valorizando tanto a estética do circo quanto
técnicas novas e tradicionais de interpretação. Parte desta história foi
vivida juntamente com o Sesc, que acolheu inúmeras apresentações e
testemunhou sua capacidade de sensibilizar os públicos e se deixar
afetar por eles”, pontua Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo.
Sobre
a organização de Nakasone, a obra estabelece o inventário fotográfico
de 17 peças do grupo Parlapatões ao longo de mais de 20 anos. Entre elas
estão, por exemplo, O burguês fidalgo, Clássicos do circo, Totalmente pastelão, Eu cão eu, O bricabraque, PPP@WllmShkspr.br, Ufabuliô e Os mequetefe.
Importante registro histórico sobre a trupe, as imagens traduzem o
sentimento do fotógrafo e sua interpretação artística do teatro e sua
luz “tão mágica e sublime”, como ele próprio diz na obra.
“Quisera
eu ter assistido e fotografado todas as peças dos Parlapatões, desde o
início deles, em 1991; mas o tempo é sábio, e o meu olhar para a
fotografia teatral iria amadurecer muito. Se tivesse sido antes, não
seria o que me tornei e o que realizo hoje. Em meu trabalho como
fotógrafo de teatro, sempre busquei sintetizar em imagens o gesto, a
palavra, a estética dos atores.”, reflete Nakasone em depoimento sobre a relação de sua trajetória profissional com a história dos Parlapatões.
Aimar
Labaki relata momentos importantes da trajetória dos Parlapatões e
conta como teve participação direta naquela que chamou de “fase heróica”
da trupe, quando passou a dirigir a Oficial Cultural Amácio Mazzaropi,
em São Paulo. “Convidei o grupo a
literalmente armar sua tenda no meio da praça. Os Parlapatões ali
ficaram por seis meses, dando cursos, apresentando seu repertório,
ensaiando, dando vida ao espaço e uma cara definitivamente brasileira e
popular ao projeto. Para eles, decerto foi um momento de consolidação.
Sem sede, mas com praça, puderam aprofundar seus procedimentos e afiar
os instrumentos”, relembra.
Nos
capítulos “Olhares da comédia” e “Uma trupe de bufões”, Hugo Possolo e
Carlos Rahal fazem análises e contribuições significativas para a obra.
“Não
existe justiça em um resumo. A imensa jornada dos Parlapatões, com seus
31 anos de estrada, carrega uma infinidade de histórias, imagens,
lembranças e, principalmente, versões e olhares tão diversos que seria
tolo afirmar que num único livro contemplaríamos algo perto do que foi
vivido. (...) Como a tolice é uma das especialidades da arte da
palhaçaria, vale dizer que a qualquer instante da trajetória pode fazer
uma síntese da alma parlapatônica”.
Hugo Possolo
“Os
Parlapatões são ainda responsáveis por guardar, em São Paulo, a
tradição da bufonaria. Claro que há, na cidade e no Brasil, outros
artistas que estudam os bufões e constituíram grupos bufonescos. Mas os
Parlapatões, pela dimensão que conquistaram, pela reverberação do seu
trabalho em âmbito nacional, pela fama alcançada por seus membros mais
proeminentes (Hugo Possolo e Raul Barreto), estão na linha de frente da
bufonaria”.
Carlos Rahal
Sobre o organizador
Cuca
Nakasone é graduado em publicidade e propaganda pela Universidade Mogi
das Cruzes (UMC) e mestre em artes pela Universidade de São Paulo (USP).
É autor do livro O Tapa no Arena: repertório em imagens
(Edições Sesc, 2016). Como fotógrafo, atua nas áreas de publicidade,
gastronomia, artes, produtos, atores e atrizes, teatro e natureza. Como
professor, lecionou fotografia em diversas instituições, como: Faculdade
Belas Artes, Fundação Cásper Líbero, Fundação Escola de Comércio
Álvares Penteado (Fecap), Universidade Paulista (Unip), Centro
Universitário Fieo e UMC. Também foi cronista do jornal MogiNews e
crítico de cinema do portal Revista Mais Cidades. De dezembro de 2022
até fevereiro de 2023, esteve em cartaz com a exposição fotográfica
"Cuca Nakasone: de olho no Gattu", sobre as peças teatrais do Grupo
Gattu, na Galeria de Artes do Espaço Itaú de Cinema, no Shopping Frei
Caneca.
Ficha Técnica:
Parlapatões: no ato
Edições Sesc, 2023
Organizador: Cuca Nakasone
Preço sugerido de venda: R$ 87,00
Número de páginas: 212
ISBN: 978-85-9493-255-6
Os
títulos das Edições Sesc São Paulo podem ser adquiridos em todas as
unidades do Sesc São Paulo, nas principais livrarias, em aplicativos
como Apple Store e Google Play, e pelo portal http://www.sescsp.org.br/loja
SERVIÇO
Lançamento do livro Parlapatões: no ato
Bate-papo seguido de sessão de autógrafos com Cuca Nakasone e Aimar Labaki
Data: 3 de setembro, domingo, às 18h
Local: Festival
de Teatro de Santos – Teatro Municipal Braz Cubas (Centro Cultural
Patricia Galvão - Av. Senador Pinheiro Machado, 48 - Vila Matias, Santos
– SP)
Grátis
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