quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Governo busca se alinhar com outros países por meio do “Novo PAC”


 


 

Para especialista, há hoje iniciativas internacionais a serem espelhadas com a Lei de Redução da Inflação nos Estados Unidos

 

O governo federal lançou recentemente o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu um local que fosse grande e imponente para estar à altura do que vinha sendo aguardado como um "PAC 3" à sombra dos ocorridos em seus dois primeiros mandatos. Para especialista, o esforço em dar visibilidade ao plano demonstra uma intenção do Governo Lula de alinhar o país a outras iniciativas internacionais na área da economia e meio ambiente.

 

“O PAC é uma oportunidade para que o Brasil possa implementar alguns instrumentos que já vem sendo trabalhados por países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)”, lembra Sergio Andrade, cientista político e diretor da ONG Agenda Pública. “Os Estados Unidos anunciaram recentemente, por meio da Lei de Redução da Inflação (IRA), grandes investimentos para a descarbonização da economia, para o apoio de suas indústrias e às suas empresas locais”, pontua.

 

O cientista político também avalia que o PAC está alinhado com o movimento internacional de países que buscam relocalizar as cadeiras de valor globais e atrair atividades econômicas de baixo carbono. Os governos têm trabalhado ainda com a sociedade civil para construir políticas que suavizem a transição entre os modelos econômicos atuais e as atividades alinhadas à pauta econômica e ambiental. No Brasil, a plataforma Transição Justa, mantida pela ONG Agenda Pública, tem apoiado governos locais pelo país na formulação de novas políticas públicas.

 

“A expectativa por parte da sociedade civil tem sido de que o novo PAC pode não apenas apostar nas grandes infraestruturas, mas contar com ferramentas como as compras locais e as compras governamentais para impulsionar pequenas e médias empresas e fomentar a economia regional. A ideia é que a economia de cada município, com suas próprias características, possa ser diversificada e resultar na geração de empregos. Os novos postos devem estar alinhados à essa transição econômica e gerar oportunidades para o desenvolvimento regional, especialmente no Norte e Nordeste”, afirma.

 

A Organização Internacional do Trabalho estima que a mudança para uma economia verde pode gerar entre 15 milhões e 60 milhões de empregos adicionais em todo o mundo até 2030. Para Sergio Andrade, é necessário que as empresas brasileiras melhorem a sua pegada de carbono sem que isso resulte na perda de postos de trabalho. Atualmente, essa demanda pela adaptação se concentra em setores como petróleo e gás, agronegócio, cimento, aço, alumínio, mineração, mobilidade ou produção de papel . “A transição juta para economia de baixo carbono vai exigir a requalificação das políticas de desenvolvimento econômico existentes, combinando, por exemplo, incentivos a novas tecnologias, formação profissional e planejamento fiscal dos governos”, finaliza.

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