sábado, 26 de agosto de 2023

CPI mostra "casa grande e senzala"

JORNAL  A  REGIÃO

Essa sexta-feira (25) é o segundo dia de diligências da CPI do MST pelo estado da Bahia. Em passagem pelo município de Itamaraju, os deputados Tenente Coronel Zucco (RPE-RS), Ricardo Salles (PL-SP) e capitão Alden (PL-BA) expuseram a diferença entre as condições de habitação dos assentados e dos líderes do MST.

Na quinta-feira (24), os membros da CPI contaram com a ajuda da Polícia Federal para conter a hostilidade de líderes da facção MST que gritavam, filmavam e tentavam se aproximar dos deputados. Segundo a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária no Brasil, a Bahia lidera o ranking de ações do movimento, com 15 invasões.

“Enquanto aqueles que são usados de ‘massa de manobra’ para invadir e praticar crimes vivem de maneira precária e desumana nos assentamentos, as lideranças do MST vivem de maneira confortável e luxuosa. Não duvido que parte desta ‘massa de manobra’ não tenha ideia que está praticando crime de esbulho possessório”, disse Alden.

“Estivemos na casa de assentados que receberam título provisório no governo do presidente Bolsonaro. Gente simples, com casas muito pobres, se é que a gente pode chamar aquilo de casa. Encontramos uma senhora com cinco filhos que está aqui há 15 anos, outro senhor que está aqui há 13 anos também está em condições de extrema pobreza. Casas com lona, chão de terra batido. Muita pobreza”, descreveu o relator da CPI, Ricardo Salles.

“Não por coincidência a casa da líder do assentamento tem varanda, churrasqueira, toda cercadinha, com cachorro de raça. Está aí a explicação da miséria alheia dentro dessa indústria de invasões de terra no Brasil”, disse Salles. Nosso editor, Marcel Leal, viu o video e comparou com a "Casa Grande e senzala" da escravidão.

“Nós queremos uma reforma agrária equânime. Não podem lideranças terem tudo, e aqueles que invadem, serem proibidos de obter a titulação”, avaliou o presidente da Comissão, Zucco.

A comitiva segue para Prado, onde serão confirmados os relatos dos ex-assentados Benevaldo Silva, Vanuza dos Santos e Elivaldo da Silva sobre o ‘modus operandi’ do MST na região. Com Diário do Poder

 

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