domingo, 30 de julho de 2023

“Material biológico não-humano foi achado em nave alienígena”, diz ex-agente da CIA

 

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Testemunhas depõem no Congresso dos EUA sobre possível encobrimento de óvnis

O governo dos EUA está analisando 650 novos casos de óvnis

Deu no El País
O Globo

Os óvnis pousaram novamente nesta quarta-feira no Capitólio dos EUA. Membros do subcomitê de Segurança Interna, Fronteiras e Relações Exteriores do Comitê de Supervisão da Câmara ouviram relatos de três testemunhas (“corajosas”, eles as chamaram) sobre suas experiências com objetos não identificados: David Grusch, ex-oficial de inteligência da Força Aérea que afirma que o Pentágono tem em sua posse restos de espaçonaves alienígenas; David Fravor, Comandante da Marinha aposentado; e Ryan Graves, um ex-piloto da Marinha.

A ideia da audiência, a primeira de uma série, era obrigar o Pentágono a divulgar as informações sigilosas de que dispõe para, segundo o congressista republicano Tim Burchett, do Tennessee, um dos mais atuantes no tema, levantar a tampa da panela. “Não podemos confiar em um governo que não confia em seus cidadãos” — disse o parlamentar.

MATERIAIS BIOLÓGICOS – Já o ex-agente de Inteligência David Grusch afirmou que materiais biológicos não-humanos foram retirados de UAPs (fenômenos aéreos não identificados, em tradução livre).

“Eram não-humanos, e essa foi a avaliação de pessoas com conhecimento direto sobre o programa com quem conversei” — afirmou Grusch, notório “delator” da ocultação de naves por parte do governo.

Nas palavras de seus colegas Glenn Grothman, de Kentucky, presidente do subcomitê, a aspiração dos parlamentares é acabar com “a especulação desenfreada sobre a natureza dos óvnis, que não beneficia ninguém, com base em fatos”.

FALAM AS TESTEMUNHAS – Após a apresentação dos congressistas, as testemunhas tomaram a palavra para narrar seus encontros com os óvnis, embora nesta era de renovado interesse por esses artefatos inexplicáveis, uma mudança de nome também seja imposta para combater tabus: o governo e os legisladores dos EUA preferem ser chamados de “fenômenos aéreos não identificados”.

“Enquanto falamos, nosso céu está cheio de óvnis, cuja existência é subnotificada. Os avistamentos não são raros, nem isolados. Eles são a rotina. O estigma de óvnis é real e representa um poderoso desafio para a segurança nacional” — afirmou ele no início de sua declaração por escrito.

Graves disse que, para ele, tudo começou em 2014, quando era piloto de F-18 e viu, durante um voo que partiu da costa leste, perto de Virginia Beach. “Um cubo cinza escuro ou preto dentro de uma esfera transparente que se aproximava de 15 metros do avião. Estimamos que tinha uns três metros de diâmetro” — disse.

PREPARAÇÃO DE VOO – “Esses encontros se tornaram tão frequentes que discutimos o risco de encontrar um óvni como parte da preparação do voo” — acrescentou.

A uma pergunta de Grothman, ele então forneceu uma solução compartilhada pelos presentes: “Permitir que os pilotos, militares e comerciais, relatem o que veem sem medo de retaliação”.

Grusch, por sua vez, disse que se inspira nos ideais de “verdade e transparência”. Sua motivação surgiu depois de ouvir relatos de preocupações de vários colegas e de “respeitados e credenciados militares ativos ou aposentados” de que o Governo atua nessa matéria em segredo, sem a supervisão do Congresso. Essa decisão o levou a sentir que havia “colocado sua vida em perigo”.

“E, certamente, meus colegas foram brutalmente retaliados administrativamente por se manifestarem” — acrescentou Grusch, que estima que, por esses motivos, apenas 5% dos avistamentos são relatados.

GOVERNO TEM OVNIS – Robert Garcia, da Califórnia, que convocou o comitê para abordar o assunto com uma “mente aberta”, perguntou a Grusch se ele achava que o governo tinha quaisquer óvnis em sua posse.

“Absolutamente, sim, 40 testemunhas confirmaram isso para mim ao longo de quatro anos” — respondeu ele.

— E você sabe onde eles podem estar? — Garcia continuou.

“Eu sei e denunciei às autoridades competentes” — respondeu a testemunha, que não compartilhou essa informação na audiência.

MISSÃO SUSPENSA – O terceiro a falar, Fravor, relembrou o dia em 2004, quando participou de exercícios de treinamento como piloto de caça de ataque na costa de San Diego. A certa altura, um controlador disse a ele que a missão deveria ser suspensa, porque eles estavam encontrando artefatos há algumas semanas que desceram como um raio de 80.000 para 20.000 pés e permaneceram nessa altitude por horas. Então, disse Fravor, um objeto branco apareceu “se movendo muito abruptamente na água, como uma bola de pingue-pongue”.

“Não sou fã de óvnis, mas vou lhe dizer que o que vi em um período de cinco minutos é algo que nunca, antes ou depois, vi. Era uma tecnologia incrível” — disse. Ele também alertou que não acredita que essa tecnologia esteja “ao alcance de qualquer país da face da Terra”.

Esta quarta-feira foi a terceira audiência sobre o tema no Congresso, depois de meio século mantendo o assunto sob o tapete.

650 CASOS NOVOS – Na sessão realizada em abril no Senado, Sean Kirkpatrick, diretor do escritório encarregado de avistamentos, explicou que o governo estava examinando atualmente mais de 650 casos de potencial óvnis.

O caminho dos óvnis para a superfície do discurso público teve um de seus maiores marcos na divulgação em 2017, graças a um artigo do New York Times, citado interminavelmente durante a audiência de quarta-feira, de que o Departamento de Defesa havia lançado um Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais, lançado por iniciativa do falecido senador democrata de Nevada, Harry Reid.

Nesse estado está a Área 51, uma base militar secreta e ícone da cultura popular que é sinônimo de teorias da conspiração sobre alienígenas, óvnis e operações encobertas do Governo para, supostamente, esconder do mundo as evidências de que existe vida extraterrestre.

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