segunda-feira, 1 de maio de 2023

Disputa por comando da CPI do MST divide oposição no Congresso

 


Partidos como Republicanos, Progressistas, União Brasil e o PL, de Bolsonaro, não decidiram quem irá integrar a comissão


Tribuna da Bahia, Salvador
30/04/2023 19:05 | Atualizado há 14 horas e 19 minutos

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Foto: Jorge Laerte/MST

O comando da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é motivo de disputa entre políticos que estão juntos na oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O clima é diferente da CPI do 8 de janeiro, em que o conflito pelo controle dos trabalhos divide oposição e governo.

No caso da CPI do MST, apesar de estarem no mesmo campo político, pelo menos três parlamentares disputam a presidência, Ricardo Salles (PL-SP), Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS).

Eles apresentaram requerimentos distintos para criação da CPI, em março, sendo que o pedido de Zucco alcançou primeiro o número exigido de assinaturas. Também o deputado Evair de Mello (Progressistas) é cotado para o posto de presidente ou relator.

A criação da CPI marca vitória da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que uniu os três requerimentos e articulou para convencer o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a autorizar a abertura.

À CNN, o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), informou feira que não estará na CPI porque acumularia muitas funções, mas que os ruralistas estarão representados.

“Tenho um papel institucional a cumprir. Nossos membros estarão lá”, disse.

O funcionamento paralelo com a CPMI do 8 de janeiro dividirá os holofotes entre as comissões, o que é visto como vantagem por governistas.

Aliados do Planalto avaliam que, no lugar de mais uma dor de cabeça, a CPI poderá servir para pulverizar atenções e até mesmo tirar o foco da comissão mista.

Entre os alvos de investigação da comissão, está a destinação de emendas parlamentares de parlamentares ligados ao MST e outros possíveis financiadores, afirmam seus criadores.

O PT também ainda não se reuniu para definir as indicações. Entre os cotados, há nomes de fundadores e apoiadores do MST como os deputados Padre João (PT-MG), Valmir Assunção (PT-BA), Dionilson Marcon (PT-RS) e João Daniel (PT-SE).

A CPI do MST irá reunir 27 deputados titulares e um mesmo número de suplentes.

Fonte: CNN Brasil

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