terça-feira, 30 de maio de 2023

Como a crise no varejo afeta a indústria?

 


Por Rogério Capucho

Declaração de falência daqui e recuperação judicial dali, entre tantos outros anúncios vêm liderando a maior parte das notícias nesse início de 2023. O grande choque é que esse cenário vem ocasionando um efeito cascata, principalmente, no setor de varejo – segmento que vinha registrando fortes índices de crescimento. E, tendo em vista a sua participação ativa na economia do país, correspondendo a 27,4% do PIB nacional, cabe a pergunta: como essa crise irá afetar a indústria?

É fato que nos causou certa estranheza vermos grandes monopólios tornarem públicos o seu declínio, uma vez que pareciam estar no seu auge. De acordo com dados da Serasan Experian, só em janeiro de 2023, os pedidos de recuperação judicial registraram um aumento de 37% em comparação ao mesmo período no ano passado, e as declarações de falências também tiveram uma alta de 56%.

Se, por um lado o varejo está passando períodos de instabilidade, a indústria vem desempenhando um crescimento favorável. Em 2022, o setor foi responsável por 23,9% do PIB brasileiro, além de responder por 69,3% das exportações no país, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). E, como resposta a esses resultados, ainda segundo a CNI, o Brasil avançou no ranking de competitividade entre 18 economias.

É importante destacar que os resultados de ambos os setores foram conquistados ainda durante a pandemia. No varejo, diversas empresas registraram um boom de crescimento e desenvolvimento, o que as levou a aumentar o seu nível de produção, tendo em vista a forte adesão ao uso das plataformas digitais, como o e-commerce, que está na lista de preferências dos consumidores até hoje.

Mas, como dissemos: nem tudo são flores. Passada a maré favorável para os negócios, o que estamos presenciando atualmente é a fragilidade gerencial da maior parte das empresas que, diante do momento de maior crescimento, não se atentaram em obter as estruturas necessárias de controle para garantir e desenvolver estratégias pensando no futuro.

Enquanto isso, vimos o setor da indústria no país, que sempre esteve em um cenário de instabilidade e desenvolvimento, alinhar ações que permitissem assegurar sua performance mesmo diante das sucessões de crises desde a pandemia, guerra da Ucrânia e instabilidades econômicas globais. Além disso, os cuidados para conciliar a relação de oferta e demanda diante de incertezas e o novo padrão de comportamento da sociedade, também passou a ser ainda mais efetivo.

Contudo, engana-se que o sucesso de um setor independe do outro, uma vez que ambos são essenciais para garantir o desempenho econômico do país. Deste modo, ao mesmo tempo em que elencamos as principais falhas que levaram à crise do varejo no Brasil – e os pontos que garantem um cenário favorável para a indústria – é fundamental apontar também qual o melhor caminho para se solucionar o desafio e manter a performance ativa de cada um.

A resposta para isso é uma só: a tecnologia. Pode até parecer redundante, mas já está mais do que comprovado que contar com o apoio de recursos tecnológicos por meio de ferramentas de gestão, como um ERP, por exemplo, é o principal método que ajuda a garantir a estabilidade e saúde financeira dos negócios.

Ou seja, as empresas que possuem interiorizado na cultura organizacional esse elemento, minimizam os riscos de ruptura na cadeia produtiva, uma vez que têm acesso a análise preditivas e relatórios consistentes – ajudando no direcionamento da produção sem excesso e nem falta, tornando-as muito mais produtivas e rentáveis.

Neste aspecto, precisamos enfatizar que esse é o elemento-chave que deve ser interiorizado no varejo a fim de se manter ativo no mercado. Afinal, de nada adianta ter resultados elevados, sem que haja a estrutura definida corretamente que traga um direcionamento assertivo acerca dos passos a serem dados em prol do seu crescimento.

E, em se tratando de tecnologia e inovação, o Brasil ocupa a 10ª posição entre as nações, consolidando-se como um país que investe nesse aspecto. Deste modo, precisamos estar atentos para que essa crise no varejo não afete também a indústria, uma vez que um setor está intrinsecamente ligado ao outro, impactando diretamente o desempenho econômico do país.

No entanto, não existe fórmula mágica que ajude a garantir o sucesso. Para isso, é fundamental que as empresas brasileiras, varejistas e industriais, busquem o quanto antes interiorizar e aprimorar os seus processos, tendo respaldo do uso de ferramentas que ajudem a adotar melhores práticas gestão. Afinal, antes de pensar em crescer, é preciso sobreviver aos maus tempos.

Rogério Capucho é Co- Ceo da SPS Group, uma das maiores parceiras SAP Business One do Brasil.

Sobre a SPS Group:

https://spsconsultoria.com.br/

Localizada em São José dos Campos (SP), a SPS Group atua há 10 anos no mercado ERP, desenvolvendo tecnologias e soluções inteligentes de gestão empresarial. Parceira SAP Gold Partner e eleita a melhor consultoria SAP Business One da América Latina em 2022, além de oferecer as soluções do portfólio SAP, também desenvolve internamente extensões tecnológicas adicionais ao B1, com vasto know-how para atendimento de pequenas e médias empresas dos mais diversos setores da economia como indústria, distribuição, franquias e serviços. E, para as grandes operações, oferece a solução SAP S/4 HANA, que permite que as empresas operem de forma inteligente, com processamentos em tempo real, modelos de dados simplificados, automação, Machine Learning, análises preditivas e muito mais. A empresa conta com 146 colaboradores que estão divididos entre as unidades de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Londrina, Caxias do Sul e Manaus todos os consultores especialistas são certificados pela SAP, e já soma mais de 160 clientes em todo território nacional e internacional.

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