sábado, 31 de dezembro de 2022

Vítimas de execução sumária, morreram ontem as plataformas de Paulo Figueiredo

 


 

Percival Puggina

A guilhotina jurídica continua em pleno funcionamento. Ceifam-se meios de comunicação como se ceifaram cabeças nas guilhotinas do jacobinismo francês. Qualquer coincidência é mera semelhança.

Em tempos atuais de comunicação, suprimir de alguém seu acesso às plataformas, sempre disponíveis para quem comete esse abuso, é transformar essa pessoa numa não pessoa, impedindo-a de trabalhar, obrigando-a a emigrar (mudar-se para alguma outra plataforma no exterior). O sujeito vai para o exílio da comunicação. Quantos brasileiros estão nessa situação? Qual a repercussão disso em suas vidas? Qual razão foi apresentada a elas para tais excessos? Que dizem seus advogados?

Eu não monetizo. Portanto, não escrevo em causa própria. Aliás, sim, escrevo em causa própria porque sou cidadão e toda injustiça praticada contra alguém incide também sobre mim, que vivo numa polis.

Por isso, em vão procuro quem tenha assistido, lido ou ouvido na “mídia tradicional” matéria analítica, com substância e abrangência, quantitativa e qualitativa, sobre essa pena sem lei chamada “desmonetização”, seus fundamentos e/ou abusos nas plataformas das redes sociais, por si mesmas ou por ordem do nosso jacobinismo judicial. Sempre sob silêncio servil que acometeu a dita “mídia tradicional” brasileira. 

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