quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

INC realiza procedimento de alta complexidade em bebê

 


Linfangiografia evitou que menina de 4 meses passasse por cirurgia de alto risco; ela já havia sido operada em setembro

Rio de Janeiro, 28 de dezembro – O Instituto Nacional de Cardiologia realizou pela primeira vez, na última sexta-feira, dia 23, uma linfangiografia em um bebê, procedimento de alta complexidade que evitou que a criança precisasse se submeter a uma cirurgia de grande porte.

O procedimento foi realizado com sucesso pelos radiologistas intervencionistas convidados Dr. Raphael Braz e Dr. Diego Lacerda, oriundos do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Uerj) e Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), respectivamente.

A paciente, uma menina de quatro meses de idade, nasceu com uma cardiopatia chamada transposição dos grandes vasos, em que a artéria pulmonar e a aorta se apresentam em posição trocada, e está internada desde os quatro dias de vida no INC.

Aos 21 dias de vida, a menina foi submetida no INC à cirurgia de Jatene, procedimento desenvolvido pelo pioneiro médico brasileiro Adib Jatene há mais de 40 anos para a correção desse problema. A cirurgia teve sucesso, mas o bebê apresentou uma complicação conhecida como quilotórax, que se caracteriza por líquido extravasado dos vasos linfáticos.

De acordo com a Dra. Renata Mattos, chefe da Pediatria do INC, em crianças com cardiopatia congênita, é comum que existam malformações nos vasos linfáticos e a consequência disso é o acúmulo de líquido nos pulmões ou no abdome.

A linfangiografia é uma injeção de contraste nos linfonodos inguinais pra tentar desenhar os vasos linfáticos e observar se existe alguma obstrução ou vazamento e, se possível, tratar estes problemas.

Com o procedimento, a equipe do INC pôde diagnosticar a paciente de maneira muito menos invasiva, evitando assim uma cirurgia de ligadura do ducto torácico, procedimento arriscado e de grande porte, que no caso dessa paciente, não seria eficaz.

“A linfangiografia serviu pra diagnosticar que a cirurgia não resolveria o problema. Teria sido uma cirurgia desnecessária, com altíssimo risco”, conta a Dra. Renata. “Foi a primeira vez que fizemos a linfangiografia aqui na Pediatria e é importante para nós, porque muitos cardiopatas têm problemas parecidos.”

A pequena paciente continua internada no INC, pois seu estado de saúde ainda inspira cuidados. Segundo a Dra. Renata, é possível que, com o crescimento da criança, os vasos linfáticos se desenvolvam e o problema acabe por se resolver.

Além de Renata Mattos, Raphael Braz e Diego Lacerda, também compõem a equipe o Dr. Henrique Salas, Dr. Roberto Meireles, Dra. Cristiane Gomes, Dr. César Medeiros e Dr. Anderson Fontes.

Assessoria de imprensa do INC

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Bruna Gama

brunagama@gmail.com



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