quinta-feira, 3 de novembro de 2022

SAÚDE DO HOMEM:

 

 InRad realiza estudo pioneiro sobre técnica para o tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)

Minimamente invasiva, a Embolização da Artéria Prostática aumenta qualidade de vida do paciente e possibilita combate à doença 

São Paulo, 01 de novembro de 2022 – Com o objetivo de aplicar e avaliar o uso de novas tecnologias de imagem avançadas da Embolização da Artéria Prostática (PAE) – técnica endovascular indicada para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB) – o time de médicos do Instituto de Radiologia do HCFMUSP, InRad, realiza estudo pioneiro sobre o tema.

Embora já tenha se mostrado altamente eficaz, o procedimento permanece tecnicamente desafiador devido à complexidade vascular, variações anatômicas e pequenas artérias da região, o que pode induzir a um procedimento longo e alta exposição de radiação, tanto para os pacientes quanto para a equipe médica. 

“Queremos avaliar as possiblidades para entregarmos melhores resultados clínicos em níveis de radiação aceitáveis e, consequentemente, aumentar a qualidade de vida do paciente.” – declara Prof. Dr. Francisco Cesar Carnevale, Médico Chefe do Serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do InRad. Neste estudo foram utilizadas microesferas calibradas com polietileno glicol, primeiro material produzido com estas características.

Trinta pacientes acompanhados por mais de um mês

Para o levantamento de dados e estudo do caso foram incluídos pacientes submetidos à PAE por, pelo menos, trinta dias com sintomas urinários obstrutivos (IPSS >7) – escore desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que visa monitorar, diagnosticar e direcionar o tratamento de pacientes portadores de HPB.

“Quando nos deparamos com um paciente com sintomas sugestivos de obstrução urinária pela HPB, a aplicação do IPSS, durante a avaliação inicial, é imprescindível, pois conseguimos reconhecer os sintomas obstrutivos e irritativos, bem como a interferência da doença sobre a qualidade de vida dos pacientes – fator determinante na conduta médica. A partir do escore é possível determinar se o tratamento será expectante, farmacológico ou cirúrgico.” – explica Carnevale. “Comparando os dados do nosso estudo com os resultados da literatura (quadro), nos deparamos com resultados superiores à média de pesquisas quando avaliada a qualidade de vida e melhora do jato urinário.” – finaliza.

IPSS melhora dos sintomas

70.9% (14,7 versus 14,9)

QoL melhora da qualidade de vida

71.7% (3,3 versus 2,2,)

PV redução do volume da próstata

29.3% (29,3 versus 30,1)

Qmax melhora do jato urinário

62.1% (6,6 versus 5,5)

Redução do PSA

38.7% (1,2 versus 1,2)

Afinal, o que é HPB?

A HPB é uma condição que causa alterações no fluxo urinário, dificultando o ato de urinar e impactando na qualidade de vida do homem. Suas causas não são totalmente confirmadas; o que se sabe até o momento é que existe uma relação com mudanças hormonais que acontecem naturalmente à medida que o homem envelhece. Além disso, pacientes que apresentam a doença não têm predisposição a desenvolver câncer de próstata, contudo, é possível ter HPB e câncer de próstata ao mesmo tempo.

Se a HPB não for tratada, pode causar sérios danos ao sistema urinário do homem, já que a bexiga perde a capacidade de contração, resultando em retenção urinária com necessidade de passar uma sonda. Em situações mais complicadas, até mesmo os rins podem ser comprometidos. 

Apesar disso, com o diagnóstico precoce e o devido tratamento, grande parte dos pacientes pode ser tratada antes de partir para cenários mais graves - e é neste contexto que entram tratamentos como a PAE.

Sobre o InRad

 

O Instituto de Radiologia (InRad) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) é um centro de excelência em pesquisa, diagnóstico e terapias por imagem. Também é responsável pela produção farmacêutica de itens utilizados diariamente para pesquisas clínicas e, ainda, de produtos usados na rotina clínica e fármacos produzidos no setor de medicina nuclear. É lá que fica o ‘cíclotron’, acelerador de partículas que produz a fórmula radioativa de glicose FDG (Fluorodesoxiglicose), usados em exames PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons). Durante o processo, se o paciente tiver uma célula cancerígena ela fica reluzente. O Serviço de Radiologia Intervencionista do InRad desenvolveu um software em conjunto com a empresa General Eletric Healthcare com o objetivo de identificar as artérias da próstata e facilitar o seu cateterismo e diminuindo a exposição à radiação ionizante.

Contatos para a imprensa:

GBR COMUNICAÇÃO

Camilla Conde – camilla.conde@gbr.com.br | (11) 98270-1333

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