A obsessão da CNN com os protestos de 6 de janeiro não interessam ao eleitorado americano, o “estado da democracia” (seja lá o que isso for) também não. O que lhes importa são os problemas habituais. João Antunes para o Observador:
A
Administração Biden é um desastre. Está manchada pela desastrosa saída
do Afeganistão, onde deixou morrer 13 soldados americanos, abandonou 85
milhares de milhões em equipamento militar, ficando o país entregue aos
Talibãs, e permitiu a maior crise de imigração ilegal de sempre na
fronteira (4 milhões de imigrantes ilegais durante 18 meses da
presidência Biden)… Inflação e custo de vida galopantes, preços de
energia mais altos de sempre, um radicalismo de políticas progressistas
impopulares nunca visto, combustíveis a preços recorde, crime sem
precedentes, fraqueza e permissividade que permitiu à Rússia invadir a
Ucrânia, uma incapacidade de aprovar matérias no Congresso e no Senado
por falta de consenso dentro do próprio partido Democrata e também
sérias preocupações com a idade, gafes e confusões constantes e quedas.
Kamala consegue ser ainda mais fraca politicamente e em termos de
aprovação da opinião pública.
Por
consequência, e estando os Estados Unidos com eleições intercalares
(para Senado, House e Governadores) no próximo Novembro, Biden e o
partido Democrata, sem nada alcançado para mostrar, aparecem
referendados e fragilizados e o cenário não se afigura propriamente
positivo, bem pelo contrário, com uma perda pela certa do controlo na
Casa dos Representantes e uma possibilidade forte de perder também o
Senado, tornando a vida de Biden ainda mais difícil, mesmo com um apoio
do sistema e da comunicação social sem precedentes.
Independentemente
disto, a vingança de Trump era inevitável para quem o conhece
minimamente. Depois de uma eleição silenciada que as elites do sistema e
a fake media não querem ver investigada, apesar de documentários com
provas indiscutíveis, com gravações do próprio governo federal, como
2000 Mules, e imensas irregularidades, seja o que for que se pense,
metade dos EUA (48%) “não acham que Biden ganhou justamente” em 2020
(Sondagem Yahoo- 20220708, questão 41). Números impressionantes.
Trump
nunca saiu da ribalta, com comícios frequentes, todos os meses,
participação em convenções e eventos públicos, o 45º presidente já
confirmou claramente que se quer candidatar, falta lançar oficialmente a
campanha para 2024, o que é provável que faça ainda antes das eleições
deste ano, contando com o caminho livre e com uma liderança
inquestionável sobre o GOP.
A
obsessão da CNN, CBS, MSNBC com os protestos de 6 de janeiro não
interessam ao eleitorado americano, o “estado da democracia” (seja lá
isso o que for) também não. O que lhes importa são os problemas
habituais do povo, que são os mesmos em todo o lado: Quanto custa encher
o depósito, se os salários são bons, se o dinheiro não desvaloriza 10%
ao ano (como é o caso), se as famílias estão seguras, se as comunidades
perto da fronteira não perdem empregos ou são atacadas ou mortas por
imigrantes ilegais. Se as crianças são ensinadas a amar o seu país, a
respeitar a sua bandeira, a não rejeitar a sua cultura e a sua história,
se se preocupam com as escolas – que não doutrinem nem confundam
crianças de 10 anos sobre sexualidade e a obsessão com a narrativa
divisiva do racismo e transexualidade.
É isto que os elitistas pseudo-intelectuais tipo Costa Ribas nunca vão perceber, mas o povo percebe, é senso comum.
Trump
já não surge, então, só como o candidato outsider, modelo do American
Dream, surge como o homem do senso comum com provas dadas e políticas
sólidas, uma energia inesgotável, uma agenda bem definida, um projeto de
futuro e acima de tudo como bastião de esperança.
O
ex-presidente tem uma influência nunca vista na escolha pessoal e apoio
de candidatos para o Senado, House e Governadores. Estas eleições
marcam o início do domínio do Trumpismo sobre o Partido Republicano
tradicional e um controlo renovado do Movimento MAGA das instituições
até agora sob o controlo do establishment republicano.
O
elitismo globalista woke, fofinho e inocente de Biden e dos Democratas
comprovadamente não funciona, nem com Putin, nem com os eleitores
americanos e vai causar-lhes uma das maiores derrotas eleitorais da
História este Novembro. Não nos admiremos por isso quando Trump voltar e
vencer novamente.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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