sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Aspas sobre o leilão de energia que aconteceu agora (dia 30)

 

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“Sobre o resultado do leilão de reserva de capacidade realizado neste dia 30: um ponto positivo foi a não contratação das usinas localizadas no estado do Piauí, que apresentavam desafios pela falta de infraestrutura de gasodutos, perspectiva de uso de custos públicos para a construção desses gasodutos e criticidade no uso de água.

Por outro lado, apesar de contarem com licença prévia, as usinas contratadas no estado do Amazonas não têm Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Pela falta de documentação, fica impossível precisar os reais riscos socioambientais das usinas. Ou seja, essas termelétricas foram contratadas sem disponibilizar à sociedade os impactos ambientais que causarão, principalmente, na região. Uma vez que o processo já foi definido e a usina já foi contratada, a qualidade do EIA/RIMA vindouro fica comprometida.

É importante lembrar que o leilão foi determinado pelo Congresso Federal e faltou alinhamento com o planejamento do setor elétrico. Por conta da baixa demanda de eletricidade, os demais leilões previstos para este semestre foram cancelados. O resultado deste leilão confirma a tendência de baixa: a contratação de um volume de energia de pouco mais de um terço do que se previa contratar”, Ricardo Baitelo, gerente de projetos do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). 

Em breve, divulgaremos uma análise mais aprofundada sobre as emissões de carbono e demais impactos ambientais.

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