Félix Maier
Nestes tempos de pandemia da Peste da China, o que não diminuiu foi o consumo de drogas, entregues também por motos, fato que se tornou corriqueiro quando começou o “confinamento” chamado FiqueEmCasa. Pelo menos é o que se depreende, face às toneladas de drogas apreendidas pela Polícia em todo o Brasil. Se toneladas de maconha, cocaína, crack, LSD, skank, haxixe, ecstasy e tudo o mais que vicia o cidadão são interceptadas pelas autoridades, é fácil imaginar o quanto de drogas é consumido pela população.
No período de 2020 até novembro de 2021, foram apreendidas 108 toneladas de drogas, sendo 80,687 toneladas de cocaína e 27,124 toneladas de maconha, segundo levantamento do Sindifisco. Esses dados se referem apenas à apreensão de cocaína e maconha, e nada é dito sobre as outras drogas. Para melhor compreensão desse estado calamitoso, as mais de 80 toneladas de cocaína serviriam para confecção de 242 milhões de papelotes, número maior que a população brasileira.
O centro de São Paulo se tornou uma Cracolândia, pela quantidade de traficantes e zumbis viciados que se aglomeram, ora numa praça, ora numa rua. Quando a polícia fecha o cerco, para prender traficantes e dispersar a multidão de drogados, o fato é que essa cena dos infernos apenas muda de endereço. Ai de você se chamar esses zumbis de “mendigos” ou “maltrapilhos”. Para os sociólogos marxistas, são apenas “seres humanos em situação de rua”. E fazem questão que permaneçam na sarjeta.
Infelizmente, ONGs e políticos de esquerda são contra levar esses viciados para um centro de recuperação de drogados, ainda que compulsoriamente, pois, segundo esses embusteiros, todo cidadão tem o “direito de ir e vir”, e não podem ser desalojados desse cenário ultrajante a não ser por vontade própria. Assim, nada é resolvido. Pior, o problema só cresce, face ao aumento de viciados nesses locais dantescos.
Em Brasília, no centro da cidade, no Setor Comercial Sul, cresce a cada dia uma cracolândia candanga. Mendigos e drogados ocupam calçadas e marquises frente às lojas comerciais, de modo que o comerciante muitas vezes sequer consegue abrir sua loja, pela quantidade de zumbis empilhados frente às portas. Ocorre que muitos comerciantes, quando pedem que desocupem a entrada da loja, são muitas vezes agredidos e desistem de abrir a loja. Os mendigos não são recolhidos para centros de assistência social, nem os drogados são levados para centros de reabilitação, pelo mesmo motivo alegado na Cracolândia de São Paulo: o cidadão tem o “direito de ir e vir” e não pode ser retirado do local à força. O resultado aí está: muitas lojas e salas de escritórios estão sendo fechadas, com prejuízo para empreendedores e empregados, tornando o centro de Brasília um escabroso The Walking Dead à noite.
Durante a pandemia, proliferaram no Distrito Federal festas rave ilícitas, onde o consumo de drogas era uma regra geral. Seja em mansões, chácaras ou em barcos do Lago Paranoá, que tem a terceira maior frota aquática do Brasil, a Polícia sempre encontra muita bebida e droga. É a juventude, principalmente, fazendo questão de se viciar cada vez mais, para não parecer desenturmado perante a galera.
Outra cena vista com frequência em carros de Brasília é o motorista ou passageiro soltar baforadas de fumaça branca densa, provenientes de cigarros eletrônicos, que se tornaram uma febre entre os mais jovens. Viciando muito mais rápido do que o cigarro comum, devido à grande quantidade de nicotina, é fácil imaginar os problemas de Saúde Pública que esses vaporizadores irão provocar.
Não fica difícil imaginar o que anda ocorrendo em todo o Brasil, seja em festas legais ou em festas clandestinas, seja em boates ou em bares, seja nas faculdades ou na própria casa, com tanta droga circulando pelas estradas e aeroportos.
A questão das drogas jamais irá acabar, porque se trata de uma parceria forte entre o traficante e o consumidor, que são, no final das contas, sócios no negócio. Se há traficantes de drogas é porque não faltam viciados para comprá-las. Criminalizar apenas o traficante, e não o consumidor que portar “pequena” quantidade de droga, é um erro que se repete mundo afora, inclusive no Brasil. Assim, o serviço da Polícia se torna ineficaz, apenas aumenta o preço das drogas, face às apreensões feitas.
Do jeito que as coisas andam, chegará o dia em que nosso País passará a ser chamado de República Democrack do Brasil.
* Publicado originalmente em https://felixmaier1950.blogspot.com/2022/06/republica-democrack-do-brasil-por-felix.html
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