Rio
de Janeiro, 10 de junho de 2022 – No domingo, 12 de junho, Dia da
Conscientização da Cardiopatia Congênita, o Instituto Nacional de
Cardiologia (INC) alerta para a importância de identificar precocemente a
cardiopatia congênita – anormalidade na estrutura ou função do coração
que já está presente quando a criança nasce e que pode afetar sua vida.
Há
vários sinais que podem indicar uma cardiopatia congênita, e é
importante que os pais saibam reconhecê-los: se o bebê cansa muito
quando mama e precisa dar várias pausas, por exemplo; se tem dificuldade
de ganhar peso; se os lábios e nariz ficam roxos, principalmente quando
a criança chora; e se a criança apresenta falta de ar e coração muito
acelerado sem ter feito exercício.
Estima-se que 1
entre cada 100 bebês apresentam alguma cardiopatia congênita no Brasil –
entre eles, um terço precisará de cirurgia corretiva. Algumas dessas
condições são identificadas ainda na maternidade, utilizando o teste do
coraçãozinho, um exame disponível pelo SUS, capaz de detectar uma parte
significativa dos problemas cardíacos no recém-nascido. Outros casos são
descobertos durante o acompanhamento do bebê com o pediatra. Existem
algumas cardiopatias identificadas ainda durante a gestação, com o
auxílio de exames de ultrassonografia morfológica.
Desde
2021, o INC coordena o Programa Renasce, uma iniciativa de âmbito
nacional criada pelo Ministério da Saúde para melhorar o diagnóstico e
tratamento de cardiopatias congênitas no SUS. O objetivo do programa é
aumentar o número de cirurgias para tratar as cardiopatias congênitas em
60% até 2023.
Com um investimento de R$ 14
milhões, o Programa Renasce tem como pilares a capacitação e ensino,
assistência e linha de cuidado relativos à cardiopatia congênita. Desse
total, foram destinados R$ 6 milhões para o INC, para aquisição de novos
equipamentos (impressora 3D, monitores de oximetria cerebral e
multiparamétricos) e construção de 15 leitos semi-intensivos na
Pediatria, que já começam a gerar melhorias na assistência.
Sobre o INC
Referência
do Ministério da Saúde no tratamento de alta complexidade em doenças
cardíacas, o INC atua há mais de 40 anos com destaque em procedimentos
hemodinâmicos e cirurgias cardíacas de alta complexidade, incluindo as
neonatais.
Trata-se de um dos três institutos do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. Os demais são o Inca e Into.
O
INC é atualmente o único hospital público que realiza transplantes
cardíacos em adultos e crianças no Estado do Rio de Janeiro e é o
segundo centro que mais realiza cirurgias de cardiopatias congênitas no
Brasil. Desde 2021, tornou-se o único hospital fluminense a realizar
transplantes de pulmão.
Formador de profissionais
para a rede de saúde, o INC possui Programas de Residência Médica,
Enfermagem e Farmácia de excelência, além de cursos de pós-graduação que
abrangem diversas áreas de atuação cardiovascular, como Hemodinâmica,
Ecocardiografia e Perfusão em Cirurgia Cardíaca. Conta ainda com
mestrado multiprofissional em Ciências Cardiovasculares e Avaliação de
Tecnologia em Saúde.
No campo da pesquisa, foi
escolhido pelo Ministério da Saúde como coordenador do maior estudo
multicêntrico já realizado no país na área de terapias celulares em
cardiopatas e desenvolve pesquisas clínicas em diversas áreas de
diagnóstico e tratamento em cardiologia.
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