A
próxima quarta-feira (27) marca o Dia Internacional das Meninas em
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), criado pela ONU com os
objetivos de mostrar o valor das mulheres na área e encorajar mais
meninas a planejarem carreiras no setor.
No
Brasil, a FS Security, líder em tecnologia e soluções digitais com
expertise no desenvolvimento de aplicativos de segurança, celebra a
marca de 58% dos cargos de liderança ocupados por mulheres, uma delas à
frente da área de TI há cinco anos. Formada em Tecnologia da Informação
com MBA em Gestão de Projetos, a diretora de Gestão de Projetos em TI,
Kátia Regina Amorim da Silva, diz que a empresa preza por movimentos que
promovam a equidade de gênero, além de investir na promoção da cultura
de valorização da mulher e na gestão inclusiva em seu quadro
profissional.
“Ter
uma data específica para estimular as meninas a virem para a TI é
importante, principalmente porque o perfil das gerações mudou. O
interesse das meninas já é igual e, às vezes, até superior ao dos
meninos. Tenho muito orgulho de estar nesta posição e, principalmente,
de contar com mulheres na equipe”, diz Kátia.
Uma
das colaboradoras que atua no time dela é Nataly Borges de Oliveira, de
34 anos, que há 12 atua na área de TI. Ela lembra que começou a se
apaixonar por TI ainda na adolescência, aos 12 anos, por influência do
irmão mais velho, que atua no setor.
“Sempre
estudei em escola pública e para pagar a faculdade trabalhava como
operadora de telemarketing. Comecei a fazer estágio na área de
infraestrutura com o FREEBSD, um sistema operacional UNIX, que é como se
fosse o pai do Linux. Eu não tinha noção nenhuma, porque estava no
primeiro semestre da faculdade, mas o dono da empresa tinha didática
muito boa e me ensinou demais”, conta.
Para
Nataly, estar sob liderança feminina é extremamente gratificante.
“Infelizmente nossa área ainda é machista. Já passei por ambientes
profissionais em que ouvi infinitas piadas sexistas em que ficava nítida
a falta de hábito de ter mulheres na equipe”, declara, para em seguida
complementar dizendo que saber que a direção não tem distinção por
gênero traz alívio e mais motivação ao dia a dia.
“A
gente sente que é tratada com equidade, independentemente de erros ou
acertos na função. Isso faz bastante diferença, porque já tive de provar
e explicar que sabia executar determinada função com mais detalhamento
do que era exigido dos meus pares masculinos”, afirma.
Mulheres no mercado
De
acordo com o Relatório de Ciências divulgado pela Organização das
Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em fevereiro de
2021, em todo o mundo, as mulheres representavam 40% dos graduados em
Ciência da Computação e Informática. Já segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021 as
mulheres ainda representavam apenas 20% da força de trabalho na
tecnologia no Brasil. Segundo a ONU, o Dia Internacional das Meninas em
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) serve também como um
chamado para que governos, indústria, empresas e instituições acadêmicas
desenvolvam estratégias para dar material e apoio necessários para as
meninas que queiram seguir na carreira de TIC.
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