sábado, 30 de abril de 2022

Casos de lombalgia crescem durante a pandemia

 


Especialista fala sobre as causas e quando acender o alerta para buscar ajuda profissional


Tribuna da Bahia, Salvador
30/04/2022 19:41 | Atualizado há 1 hora e 8 minutos

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Foto: Divulgação

A pandemia da Covid-19 certamente pode ser considerada um ponto de mudança. Os cuidados com a saúde sempre foram importantes, mas a situação ressignificou interesses relacionados à saúde e ao bem-estar. “A doença que mais afastou brasileiros do trabalho nos últimos anos foi a lombalgia (dor que acomete a região lombar). E com a pandemia as queixas de dores nas costas têm aumentado. Seja em trabalhadores que atuam em fábricas, caixas de supermercados que ficam muito tempo sentados ou professores de escolas públicas”, destaca Raphael Cunha, Clínico e diretor médico da Rede SiM.
De acordo com o médico o problema é considerando como extremamente comum, afetando entre 65 e 80% da população mundial em algum momento da vida. Mas você já ouviu falar em lombalgia ocupacional, em que o prejuízo atrelado às profissões pode acelerar ou causar a dor? O uso excessivo de computadores no trabalho, ofícios que envolvem carregamento de carga e longas jornadas de trabalho são fatores agravantes para esta doença. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), o atendimento de pacientes com queixas de dores nas regiões cervical, dorsal e lombar (no pescoço e nas costas), aumentou significativamente no período de pandemia. 
Segundo Raphael Cunha, a maioria das lombalgias são causadas por questões mecânicas, ou seja, pelo mau funcionamento dos músculos, tendões e ligamentos (fraqueza muscular, esforço repetitivo, excesso de peso, má postura e mau condicionamento físico). Ele explica que, ainda que raro, a lombalgia pode ter como causa outros problemas, a exemplo de doenças inflamatórias, tumores, infecções, alterações nos discos e nervos. Por isso, para um diagnóstico correto um médico deve ser consultado, ressalta o profissional.  
“O médico, preferencialmente o ortopedista, deverá sempre ser consultado em casos de lombalgia para que, através da coleta da história da dor e de um exame físico minucioso, seja feito o correto diagnóstico, que é fundamentalmente clínico”, destaca diretor médico da Rede SiM. 
Entre os sinais de alerta para que o paciente busque o atendimento médico especializado Raphael Cunha cita estar sentindo dor há mais de dois meses, apresentar sinais de déficit neurológico, febre, perda de peso ou trauma. Segundo ele, o tratamento deverá ser individualizado, conforme a causa da lombalgia. Mas, o médico destaca que praticar exercícios físicos e perder peso são algumas das medidas necessárias para evitar e tratar a lombalgia. “Uso de analgésicos e fisioterapia podem ser utilizados para tratar a dor e em alguns raros casos podem ser necessários infiltração, uso de coletes e até mesmo cirurgia”, diz o médico.

 

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