A Rússia começou a invadir esta madrugada o entorno de Kiev depois de atacar locais que pertencem aos serviços de segurança de Kiev
Foto: Divulgação
Com o reforço de 64 km de tanques de guerra, a Rússia começou a invadir esta madrugada o entorno de Kiev depois de atacar locais que pertencem aos serviços de segurança e à unidade de operações especiais da Ucrânia em Kiev, afirmou o Ministério de Defesa russo, segundo as agências de notícias russas Tass e RIA. O ministério russo afirma que a medida foi tomada para evitar “ataques de informação” contra a Rússia. Segundo as agências, os russos pedem para que as pessoas perto dos locais em Kiev deixem as áreas.
"Para suprimir os ataques de informação contra a Rússia , as instalações tecnológicas do SBU e o 72º centro PSO principal em Kiev serão atingidos com armas de alta precisão; Pedimos aos os moradores de Kiev que vivem perto dos locais que deixem suas casas", disse o representante oficial do departamento militar, major-general Igor Konashenkov. Ele observou que, com o início da operação militar especial, o número de ataques de informações a várias instituições governamentais russas aumentou - como mensagens para atacar cidadãos russos em escolas, jardins de infância, ferrovias e estações.
O comboio massivo de tanques e blindados russos começou a se deslocar em direção a Kiev no começo da noite e a madrugada de hoje, em mais uma ofensiva de Moscou contra o território ucraniano.
Enquanto a fileira de veículos militares com 64 km de extensão se posicionava já na entrada da cidade, bombardeios atingiam cidades importantes da Ucrânia que tenta resistir até que novas rodadas de negociação diplomática tentem chegar a um cessar-fogo.
Em Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, áreas residenciais foram bombardeadas, causando a morte de pelo menos sete pessoas, com dezenas ficando feridas. Eles alertaram que as baixas podem ser muito maiores. O chefe da região de Kharkiv, Oleg Synegubov, denunciou que um dos bombardeios atingiu o centro da cidade, incluindo a sede do governo. Synegubov disse que os russos utilizaram mísseis de cruzeiro e GRAD no ataque, e acusou a Rússia de cometer crimes de guerra. O controle da cidade, contudo, permanece com as forças ucranianas.
O Ministério da Defesa da Rússia enfatizou que eles não atingem alvos civis no território da Ucrânia - apenas infraestrutura militar, e que a população civil não estaria em perigo. Os números parecem contradizer a Rússia. O Ministério do Interior da Ucrânia informou que até segunda 352 civis ucranianos já foram mortos durante a invasão da Rússia ao país, incluindo 14 crianças, segundo a Associated Press (AP). Segundo o ministério, cerca de 1.684 pessoas, incluindo 116 crianças, ficaram feridas durante a invasão iniciada na quinta (24).
Segundo a agência de noticias Ria, nas últimas semanas, a situação na região do Donbass, onde ficam as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk piorou, com o governo ucraniano concentrando a maior parte de seu exército na linha de contato e bombardeando a região com equipamentos proibidos pelos acordos de Minsk.
Sanções não farão Rússia mudar de ideia, diz Kremlin
As sanções ocidentais não farão a Rússia mudar de ideia sobre a Ucrânia, disse ontem o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
“Os EUA são fãs de sanções, e a adesão a essa prática se espalhou pela Europa. Eles provavelmente acreditam que podem nos persuadir a mudar nossa posição por meio de sanções. Evidentemente, isso é impossível”, disse Peskov a repórteres.
Ofensiva a Kiev
O jornal The Guardian classificou o ataque como uma tentativa de
matar o governador de Kharkiv. Os russos negam atacar áreas residenciais
- apesar das abundantes evidências de bombardeios de casas, escolas e
hospitais.
No ataque mais letal, a artilharia russa atingiu uma base
militar em Okhtyrka, uma cidade entre Kharkiv e Kiev, e mais de 70
soldados ucranianos foram mortos, escreveu o chefe da região, Dmitro
Zhivtski.
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse acreditar que o
aumento dos bombardeios é mais uma forma de Putin pressionar por
condições mais favoráveis à Rússia nas negociações diplomáticas.
"Acredito que a Rússia está tentando pressionar (a Ucrânia) com este
método simples", disse Zelenski na segunda-feira, em um discurso em
vídeo.
Ele não deu detalhes das conversas diplomáticas da segunda,
mas disse que Kiev não está preparada para fazer concessões "quando um
lado está atingindo o outro com foguetes de artilharia".
Fonte: Agência Estado com informações de AP, AFP e REUTERS.
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