domingo, 2 de janeiro de 2022

Internações por gripe já superam as por Covid-19, aponta especialista

 

Em caso de qualquer sintoma respiratório, a médica alerta que a pessoa deve fazer o teste o mais rápido possível para não ser um transmissor da doença.


Tribuna da Bahia, Salvador
02/01/2022 08:39 | Atualizado há 9 horas e 24 minutos

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Foto: Divulgação

Diante do avanço dos casos de influenza no país, a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, afirmou em entrevista à CNN neste sábado (01) que atualmente há um maior número de internações por gripe do que por Covid-19. Segundo a médica infectologista, a gripe causada pelo vírus H3N2 é a predominante no momento.

“Estamos vendo uma notificação crescente do número de internações por síndrome respiratória aguda grave que ultrapassou e muito a Covid. A gripe H3N2 está superando e muito, é a que está predominando nas internações nesses quadros respiratórios graves”, disse.

Levi comentou que não é possível diferenciar a Covid-19 da gripe apenas pela avaliação dos sintomas, já que eles são muito parecidos nas duas doenças. A única forma possível de diferenciação, de acordo com a médica, é por meio de um diagnóstico laboratorial realizado a partir de testes rápidos que já estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde.

A infectologista disse ser contra qualquer tipo de aglomeração no momento, já que o país se encontra diante de um surto de gripe e do avanço da variante Ômicron do coronavírus. “Aglomerar é pôr em risco uma situação de calamidade aqui no país. Nós não podemos nos dar ao luxo de realizar Carnaval ou qualquer tipo de aglomeração”, alertou a médica.

Levi esclareceu que é possível haver coinfecção em alguns casos, quando uma pessoa testa positivo tanto para influenza quanto para Covid-19. No entanto, esses casos são “pouco prováveis”. “São duas doenças muito preocupantes do ponto de vista da saúde pública e devemos dar atenção devida para as duas”, afirmou.

De acordo com a infectologista, o ideal é que a população siga as formas de prevenção não farmacológicas: uso de máscaras, higienização frequente das mãos e manter o distanciamento social. Em caso de qualquer sintoma respiratório, seja leve, moderado ou grave, a médica alerta que a pessoa deve fazer o teste o mais rápido possível para “não ser um transmissor da doença”.

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