sábado, 25 de dezembro de 2021

VOTAR EM 2022 NO ASSALTANTE DE BANCOS OU NO LADRÃO DE GALINHAS ?

 


Após ter consumido durante muito  tempo o pior “lixo” que poderia ser despejado por uma deturpada democracia (?),os brasileiros,responsáveis por essas escolhas no passado,aprontam-se para repetir exatamente o mesmo que fizeram antes ,nas eleições porvindouras de outubro de 2022.

Seria alguma maldição do destino a contaminação da (pseudo)democracia brasileira de modo a enquadrá-la na visão que dela teve o pensador  Nelson Rodrigues? Que a “maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas ,que são a maioria da humanidade”? Que “os idiotas vão tomar conta do mundo,não pela capacidade,mas pela quantidade,(porque) eles são muitos”?

Ora,a tese pela qual iremos  nos pautar é que realmente a (pseudo)democracia brasileira deixa muito a desejar. E basta dar um pequeno “passeio” pelo passado mais recente do pais para que se perceba  essa realidade.                                                                                                    

Teria sido fruto de uma democracia sadia as escolhas do tresloucado Jânio Quadros,em 1961, passando, após a interrupção do  Regime Militar ,de 1964 a 1985, e o  período de eleições“indiretas” (de 1985 até 1989),novamente para eleições “diretas”,com as escolhas, a partir de Fernando Collor de Mello,em 1989,de Fernando Henrique Cardoso,Lula da Silva,Dilma Rousseff/José Temer,e Jair Bolsonaro?

Além do mais,tudo leva a crer que os vícios da democracia deturpada em prática no Brasil não se resumem às “escolhas” dos eleitos propriamente ditas,porém eles vão muito mais “fundo”. Começam com as escolhas dos candidatos nos viciados partidos políticos,ou seja,nessa “eleição primária”, “interna”.                                                                                                                     

E geralmente,dessas relações apresentadas pelo partidos políticos,colhidas dentro da pior escória da sociedade,essa “democracia”  começa a ser validade, e “reforçada”,porque dentro dessa  pior escória da sociedade levada a fazer política,a probabilidade maior é a de que sejam eleitos exatamente os piores dentre esses piores.

Os que despontam nas lideranças apontadas pelas pesquisas eleitorais certamente reforçam a tese em curso. Não parece concebível que um povo pretenda eleger novamente um candidato que já exerceu a presidência da república por dois mandatos consecutivos  (de 2003 a 2010), e chefiou uma quadrilha que roubou do erário 10 trilhões de reais.

Jair Bolsonaro se elegeu em 2018 ,principalmente na qualidade do principal “moralista” que denunciou e prometeu na sua campanha combater a corrupção do  PT. E realmente  “combateu”. Mas, muito moderadamente,mais um tipo “faz-de-conta”.

Mas Bolsonaro não teria também  o “rabo-preso” no seu governo para ter o direito combater a corrupção dos adversários,do PT,”et caterva”? Por que ele se empenha tanto em acobertar e negar as tais de “rachadinhas” de gente muito próxima a ele. De ladrõezinhos “pé-de-chinelo”,perto do pessoal do  PT?

Mas a grande diferença estaria eventualmente no “tamanho” da corrupção de um e de outro. Se irregularidades forem provadas  no Governo Bolsonaro,com certeza não passaria  da casa dos “milhões” de reais,enquanto a do PT foi de “trilhões”de reais ,não de simples “milhões”,ou “bilhões” de reais ,melhor,de 10 trilhões de reais. Ora,um trilhão de reais significa o mesmo que mil bilhões de reais,ou um milhão de milhões de reais. Multiplique-se tudo por “dez” para chegar-se aos 10 trilhões de reais.

É por esse motivo que o povo brasileiro está  no cruel  dilema de ter que escolher em outubro de 2022 entre um “refinado” assaltante de bancos, e um eventual “ladrão de galinhas”. Eu optarei sem dúvida nas urnas  pelo segundo,considerando o “infinitamente” menor dano ao povo brasileiro  pelo qual eventualmente possa ser responsabilizado.

As eleições de 2022,portanto, não são,em suma,nenhuma questão política.

É “matemática”!!!

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado e Sociólogo

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